Em sucessivas eleições, a direita em Rondônia se fortalece. Não foi diferente agora, em cenário favorecido pela liderança do governador Marcos Rocha e prefeito Hildon Chaves, ambos do União Brasil. Chaves preside a Associação Rondoniense de Municípios (Arom) até 2026.
Somente os principais partidos da direita, União Brasil, PL e PSD elegeram 35 dos 52 municípios de Rondônia. O controle dos principais colégios eleitorais está com essa corrente ideológica. Nenhum partido considerado de esquerda elegeu gestor municipal.
Os prefeitos eleitos pelo União Brasil irão administrar, a partir do ano que vem, os seguintes municípios: Alto Alegre dos Parecis; Alvorada do Oeste; Ariquemes, um dos maiores colégios eleitorais do Estado; Alta Floresta; Campo Novo de Rondônia; Cerejeiras; Corumbiara; Costa Marques; Novo Horizonte do Oeste; Ouro Preto do Oeste; Parecis; Pimenteiras do Oeste; Rolim de Moura; Seringueiras; Santa Luzia do Oeste e Cujubim.
Com dois senadores em Rondônia, Jaime Bagattoli e Marcos Rogério, presidente estadual, o PL cresce desde a eleição presidencial de 2022, ganhando mais espaço neste momento.
O partido fez 12 prefeitos, inclusive o de Ji-Paraná, o segundo maior colégio eleitoral de Rondônia. Além dele, os municípios que irá governar são: Buritis; Cacaulândia; Colorado do Oeste; Espigão do Oeste; Machadinho do Oeste; Nova Mamoré; Primavera de Rondônia; Presidente Médice; Rio Crespo; São Francisco do Guaporé e Urupá.
Os municípios cujos prefeitos foram eleitos pelo PSD, partido do prefeito reeleito de Cacoal Adailton Fúria, outro importante colégio eleitoral, são ao todo 7: Ministro Andreazza; Monte Negro; Nova União; São Felipe do Oeste; Theobroma e Vale do Paraíso.
Também identificados à direita ou centro-direita, o PP fez 4 prefeitos e o Republicanos 3. Os municípios a serem governados pelo primeiro são Castanheiras; Chupinguaia; Governador Jorge Teixeira e Guajará-Mirim, e pelo segundo são Mirante da Serra; Alto Paraíso e Candeias do Jamari. O Podemos, considerado de centro-direita e à direita, elegeu 3 prefeitos, inclusive outro colégio eleitoral importante, Vilhena, na região Sul. Os demais são Pimenta Bueno e São Miguel do Guaporé.
Somados todos os prefeitos do espectro político centro-direita à direita ao todo são 45 de 52 municípios existentes no Estado de Rondônia. A disputa na capital está com candidatos dessa matiz ideológica. Rondônia endireitou de vez.
O PRTB e Avante elegeram apenas um prefeito cada, respectivamente o de Nova Brasilândia, e o de Itapuã do Oeste. O MDB, partido que chegou a ter em Rondônia ampla hegemonia eleitoral, com mais de 30 prefeitos, fez apenas 4. São Cabixi; Jaru, colégio eleitoral amplo e já governado pela legenda; Teixeiropolis, que por sucessivas eleições municipais esteve sob controle do PT e Vale do Anari.
A esquerda foi a grande derrotada nas eleições municipais de 2024, não apenas em Rondônia, onde não elegeu nenhum prefeito, como em todo o Brasil. Não elegeu nenhum prefeito de capital no primeiro turno – já foram definidos 11 – e no segundo turno é provável que também não eleja nas quatro cidades em que tem candidatos.