Presidente tenta por freio de arrumação diante de desentendimentos entre ministros na primeira semana. 

Na primeira reunião ministerial, na manhã desta sexta-feira, 6, o presidente Lula da Silva deu diversos avisos e pediu providências a ministros, tentando, ainda, dar um freio de arrumação diante de divergências tornadas públicas entre alguns colaboradores. Foi o caso do ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), que fez a defesa da criação de uma comissão para fazer uma revisão da Previdência, desautorizado a seguir pelo ministro a Casa Civil Rui Costa.

A área econômica, Fernando Haddad à frente, também experimentou – e perdeu – uma queda de braço com o núcleo político, constituído pelo próprio Lula e Gleisi Hoffmman entre outros, na questão da desoneração dos combustíveis. Haddad não queria prorrogar a desoneração por perda de receita, e já havia acertado isso com Paulo Guedes, antes de acabar o governo Bolsonaro. Várias declarações foram dadas por membros da equipe sobre o tema.

Na reunião, que ainda não foi concluída, Lula disse que o governo não tem pensamento único, mas é necessário o esforço de todos os ministros  para superar as divergências e atingir os resultados prioritários. “Nós não somos um governo de pensamento único. Somos um governo de pessoas diferentes. E mesmo pensando diferente, temos que fazer um esforço para que no processo de reconstrução do País a gente pense igual’, disse Lula.

O presidente também disse que é obrigação de cada colaborador receber deputados e senadores e que o bom relacionamento com o Congresso é importante.

Lula, segundo o Estadão, disse aos ministros para não se preocuparem que “o ter um presidente disposto a fazer tantas quantas conversas for necessário com lideranças, partidos políticos e os presidente Rodrigo Pacheco e Arthur Lira. Não tem veto ideológico para conversar e não tem assunto proibido em se tratando do bem do povo brasileiro.”

As noticias diárias sobre as ligações crescentes da ministra do Turismo Daniela do Waguinho com milicianos, no Rio de Janeiro, não preocupam Lula, que já rejeitou desnomeá-la.

Ele disse ainda que quem fizer coisa errada será convidado a deixar o governo.