Pesquisar
Close this search box.

Em 2021, deputados petistas negaram em nota a classificação de terrorista ao Hamas

Dois dos signatários da época, Paulo pimenta e Alexandre Padilha, são hoje ministros do quinto governo do PT, na gestão de Luiz Inacio Lula da Silva.
Alexandre Padilha, agora miinistro, foi um dos que assinaram o documento que ele disse ser fake news. Foto; Luis Macedo.

Em novembro de 2021, dez deputados petistas divulgaram uma nota intitulada “Resistência não é terrorismo” em defesa do grupo Hamas, se posicionando contrários à denominação do grupo de terroristas.

A manifestação ocorreu após o governo da Inglaterra conferir ao Movimento de Resistência Islâmico-Hamas a designação de terrorista, o que foi acolhido também pelos Estados Unidos e União Europeia.

Dois dos signatários da época, Paulo pimenta e Alexandre Padilha, são hoje ministros do quinto governo do PT, na gestão de Luiz Inacio Lula da Silva. Respectivamente ministro da Secretaria de Comunicação Social e das Relações Institucionais.

Padilha, no twitter, no dia 8, disse que a nota é fake news, e justificou que qualquer coisa dita foi para não arrefecer animos em plena animosidades ideologicas por causa da pandemia da Covid.

Os demais subscritores são os deputados Zeca Dirceu (PT-PR), Érika Kokay (PT-DF), Professora Rosa Neide (PT-MT), Enio Verri (PT-PR), Helder Salomão (PT-ES), Nilto Tatto (PT-SP), Padre João (PT-MG) e Paulão (PT-AL).

Abaixo, na íntegra, o documento, divulgado pela GloboNews.

“Resistência não é terrorismo”

Todo apoio ao povo palestino na luta por legítimos direitos. Os parlamentares, entidades e lideranças brasileiras que subscrevem este documento, expressam o seu profundo descontentamento à declaração da secretária do Interior da Inglaterra, Priti Patel, que atribuiu ao Movimento de Resistência Islâmico – Hamas, a designação de “organização terrorista”, alegando falsamente que o Movimento palestino seria “fundamentalmente e radicalmente antissemita”.

Este posicionamento representa uma extensão da política colonial britânica, em desacordo com a posição da maioria do povo da Inglaterra, que se opõe à ocupação israelense e aos seus crimes. Seu objetivo é claro: atingir a legítima resistência palestina contra a ocupação e o apartheid israelense, numa clara posição tendenciosa em favor de Israel e tornando-se cúmplice das constantes agressões aos palestinos e aos seus direitos legítimos.

O direito à resistência assegurados pelo Direito Internacional e Humanitário, pela Carta das Nações Unidas e por diversas Resoluções da ONU, entre elas as de nº 2.649/1970, 2.787/1971 e 3103/1974, reiterando o direito de todos os povos sob dominação colonial e opressão estrangeira de resistir ao ocupante usurpador e se defender.

A resistência é um legítimo direito dos palestinos contra a ocupação e as reiteradas violações dos direitos humanos, bem como os crimes de guerra. Direito que os palestinos não abrem mão e para o qual, contam com o nosso apoio e solidariedade à sua causa de libertação e pelo seu Estado nacional palestino. 

Brasil, 23 de novembro de 2021.”