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Em Rondônia, centro e direita avançam e PT quase é varrido do mapa

O DEM cresce e aparece; PSB também teve redução importante no número de votos recebidos, saindo de 125.019 em 2016 para 16.609 em 2020.
O Brasil tem mais de 30 partidos, favorecendo a fragmentação de votos. Foto: Divulgação.

DEM cresce e aparece em Rondônia, e PT faz apenas 1 prefeito. 

O fenômeno está ocorrendo em todo Brasil e em Rondônia não é diferente: partidos de direita e centro-direita avançam, somando mais votos do que as legendas de centro-esquerda e especialmente do PT, que desde a última eleição municipal (2016) perde musculatura. Por aqui, o único território do petismo é  somente o pequeno município de Teixeiropolis. Mais pelos acertos de Toninho Zotesso, que emplacou com a apuração feita ontem (15) a 4ª vitória de prefeito.

Em 2012 o partido levou seis prefeituras, em 2016 só Teixeiropolis, que se repete. Toninho já tinha sido gestor na região, no auge de Lula, eleito em 2004 e reeleito em 2008. Outras legendas à esquerda, que sempre giraram em torno da estrela vermellha, não assustam adversários – PSOL e PC do B não tem expressão alguma. No Brasil, o PT saiu de minguadas 255 prefeituras para 178 agora, uma perda de 77 cidades, segundo o UOL Eleições 2020.

O resultado de domingo direciona o leme da política partidária para o centro, centro-direita, em cidades de portes distintos, com surgimento de mais lideranças jovens, mostrando que o DEM é o partido com maior ganho eleitoral neste pleito de 2020. A feição deste novo mapa eleitoral será concluída com a votação em segundo turno em 57 cidades das quais 18 são capitais, e na maior parte delas disputam legendas com esse perfil ideológico.

O DEM recebeu 34.138 votos em 2016 e agora decidirá sobre o destino de 71.694 eleitores de Rondônia, situando-se no terceiro lugar de maior votação recebida. Tinha 3 prefeitos, chegou a 8. No Brasil, ele saiu de 275 prefeitos para 459, um ganho de 194.

Apesar de ter perdido votos, inclusive em todo o país – reduziu 256 prefeituras em relação a 2016 -, o MDB ainda é a maior força municipalista, elegendo em Rondônia 9 prefeitos. Em 2016 ele teve 170.090 votos, 14 prefeituras, e agora recebeu 94.286 votos.

O PSDB rondoniense teve alguma perda em numero de votos recebidos, saiu de 109.001 (2016) para 104.300 (2020), mas está em primeiro no ranking de votos recebidos, e isso poderá ser ampliado caso o prefeito Hildon Chaves ganhe a eleição em Porto Velho, o maior colégio eleitoral do Estado.

O Partido Social Democrático (PSD), refundado por Gilberto Kassab em 2011, é legenda a que se deve prestar atenção.  Não guarda muitas semelhanças com o PSD do ex-presidente Juscelino Kubitschek, mas está se fortalecendo. Fez 7 prefeitos e soma 54.776 votos, e no Brasil saindo de 539 prefeituras para 650, ampliando a gestão para 111 cidades. O PP fez 6 prefeituras, perdeu 1 em relação a 2016, e está em 4º lugar no número de votos recebidos em Rondônia – 68.063. No Brasil, saiu de 495 (2016) prefeituras para 680 (2020), um ganho de 185 cidades.

Na performance de votos recebidos o PT teve alguma melhora, saindo em 2016 de 17.895 para 22.664. Os votos recebidos incluem os votos dados a vereadores, bom lembrar.

Não apenas a outrora aclamada legenda de “esquerda” perdeu musculatura em número de votos. O PSB, tradicional e um tanto afastado aliado nas atuais circunstâncias, ao fazer apenas 3 prefeituras, sem conseguir manter Ji-Paraná, segundo maior colégio eleitoral, recebeu 16.609 votos, ao passo que em 2016 foi o segundo do ranking em Rondônia, com 125.019 votos recebidos.

A redução espantosa também é vista nos números nacionais. A apuração de votos revelou vitória do PSB em 250 cidades, uma redução de 161 cidades em relação a 2016.

Os ventos da vida pública rondoniense e nacional, por esta reduzida avaliação, sopram para a consolidação de partidos, incluídos os de centro-esquerda, que prometem deixar para trás o radicalismo, a aspereza e rudeza de ideias mal acabadas e alicerçadas em velhas teorias, as quais engendraram uma polarização nociva ao Brasil.