Ex-presidente Fernando Collor é preso em Maceió

Com saúde frágil, e mais de 70 anos, Collor não deverá ficar muito tempo preso.   
Collor foi investigado na Lava Jato por recebimento de propinas e desvio de recursos da BR Distribuidora. Foto: Valter Campanato.

Com informações da Agência Brasil e Blog 

O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi preso na manhã desta sexta-feira, 25, em Maceió. Segundo sua defesa, a prisão ocorreu às 4h, quando o político se deslocava para Brasília para o cumprimento espontâneo do mandado de prisão.

O ex-presidente foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal em Alagoas.

A prisão de Collor foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após negar recurso da defesa para rever uma condenação, de 2023, a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O relator do caso, Edson Fachin, havia proposto pena de 33 anos.

Collor recebeu R$ 20 milhões de propina entre 2010 e 2014 para facilitar a construção de obras da UTC Engenharia na BR Distribuidora usando sua influência política como senador. Ele loteou as diretorias da empresa, hoje Vibra, com o conhecimento do presidente Luiz Inacio Lula da Silva, que para garantir um segundo mandato promoveu aliança e depois gestão temerárias em diversas estatais. Como os Correios, onde também estourou escândalo de corrupção.

Uma sessão virtual começou no STF, para referendar a decisão de Moraes, das 11h às 23h59 desta sexta-feira, 25.

Collor foi condenado em maio de 2023 a 4 anos e 4 meses pelo crime de corrupção passiva e a 4 anos e 6 meses por lavagem de dinheiro. Como ele tem mais de 70 anos, a acusação de associação criminosa prescreveu.

Em novembro do ano passado, o STF manteve a condenação, depois de rejeitar os recursos da defesa para reformar a condenação.

Moraes rejeitou um segundo recurso da defesa, na quarta-feira, 24, por considerá-lo meramente protelatório, e determinou a prisão imediata do ex-presidente.

Com 75 nos, a defesa de Collor, divulga a CNN, considera que ele tem “saúde sensível” e, por isso, não estaria 100% preparado para ficar encarcerado. A emissora não detalha os eventuais problemas de saúde, mas é um caminho da defesa para se requerer prisão domiciliar.