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Excelências do STF adoram encontro reservado: promiscuidade nunca vista

Alckmin e Lewandowski, que também é vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teriam se reunido por 40 minutos.
Ministro da Indústria e vice presidente Geraldo Alckmin. Foto: Valter Campanato/ABr.
As excelências do Supremo Tribunal Federal adoram encontro reservado com políticos. É uma promiscuidade nunca vista em nenhuma Corte de país democrático. Confabulam os destinos deles próprios, da nação, sem nenhum pudor, interesses debatidos sempre regados à fausta comilança.
Lewandowski nega interesse em ministério. Foto: STF.

Agora, vejam só, depois de Gilmar Mendes – ele bate recordes de encontros com o poder – encontrar Lula da Silva num chique restaurante de Lisboa, em Portugal, para onde o petista foi levando um séquito dispensável após deixar a COP 27 no Egito, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, nos informa o jornal O Estado de São Paulo, tem “encontro reservado” com Ricardo Lewandowski em São Paulo. Manifestadamente ele é um dos mais políticos ministros do Supremo, com notória simpatia, para dizer o menos, ao petismo.

O encontro foi em um hotel de Guarujá, onde se realiza neste sábado, 26, um encontro com empresários. Diz trecho da matéria do Estadão: “Lewandowski é cotado para assumir o comando de algum ministério no futuro governo, como a pasta da Defesa. O magistrado deu indicativos nos bastidores, no entanto, de que não pretende ter uma posição no Executivo após encerrar sua carreira no Judiciário em 2023. Próximo ministro do STF a se aposentar, Lewandowski deve ser ouvido pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para opinar na escolha de seu sucessor na Corte.”
Como se sabe, onde há fumaça há fogo. Há dias a fumaça é sinalizada, mas se o ministro não assumir de fato um posto no executivo federal, poderá, quem sabe, emplacar no seu lugar um de seus principais ex-assessores no Supremo Tribunal Federal, o jurista baiano Manoel Carlos de Almeida Neto. Isso a imprensa também já disse. Pode aumentar, distorcer, mas não inventar.
Alckmin e Lewandowski, que também é vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teriam se reunido por 40 minutos. Se o ministro capa preta assumir mesmo algum cargo, estará se reproduzindo, com outra medida, naturalmente, o gesto de Bolsonaro de ter nomeado ministro o ex-juiz Sérgio Moro. Depois não venham reclamar de comparações, ilações e críticas.