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Folha de São Paulo repercute falta de ônibus escolar

A gestão de Hildon Chaves, que assumiu em 2017, prometeu sanar o problema, mas até agora não tem tido sucesso. Foto: Comunicação Prefeitura.
Prefeito Hildon recuou na ideia de comprar vacina diretamente do Butantan.

Já são 8 meses que estudantes da zona rural e ribeirinhos de Porto Velho estão sem ônibus escolar. São cerca de mil alunos que deixaram de ir à escola desde o segundo semestre de 2018.

O assunto, que já vinha repercutindo em sites locais, ganhou visibilidade no portal do jornal “Folha de São Paulo”, no dia 24, segunda-feira.  Assinada pelo jornalista Felipe Corona, a matéria aponta que alunos que perdem aulas desde outubro não conseguiram concluir o ano letivo e não retomaram as aulas neste ano.

A gestão do prefeito Hildon Chaves (PSDB), que assumiu em 2017, prometeu sanar o problema até o fim deste mês, mas pais e professores relataram que o prazo informado a eles é agosto”, diz trecho da reportagem de Corona.

O problema é atribuído, pela prefeitura, à suspensão de contratos com empresas de transporte após indicação de irregularidades em uma operação policial.

Transporte foi interrompido em 2018. Foto: Divulgação.

A 35 quilômetros do centro, a escola municipal Deigmar Moraes de Souza é uma das que estão sem aulas desde outubro. Segundo Corona, ali,  a maioria dos 250 alunos chegava em voadeiras (pequenas lanchas) e ônibus que recolhiam os estudantes de comunidades e estradas próximas à vila de Cujubim Grande.

A rede municipal de Porto Velho tem 11.125 mil estudantes.  O estado passou a ter responsabilidade pelo transporte fluvial de alunos.

A professora do 2º ano, Josenilda Nery, disse que o problema de interrupção do serviço é antigo, ocorreu nos últimos cinco anos, mas nunca ficou tanto tempo parado quanto agora.

“Isso resultou em apenas três bimestres concluídos em 2017, já que fomos obrigados a encerrar as atividades em 13 de dezembro daquele ano, e apenas um em 2018”, afirma.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, famílias estão abandonando Cujubim Grande, onde está a escola. É o que pensa em fazer a dona-de-casa Daiane Tomás, mãe de Gabriel, 15, Gabriele, 12 e Auriel, 8. “Se as coisas não melhorarem, vou ter que alugar minha casa e dar um jeito de ir para a cidade.”

A Secretaria Municipal de Educação, em nota, disse que tem buscado  alternativas para que os alunos da área rural que dependem do serviço do transporte escolar sejam atendidos. A expectativa é regularizar o transporte terrestre e também o fluvial ainda neste mês.