Rubens Valente, UOL
Em plena pandemia do novo coronavírus, a Funai (Fundação Nacional do Índio) em Brasília deu sinal verde para que uma mineradora canadense realize reuniões presenciais com cerca de uma centena de indígenas em duas aldeias na Amazônia.
O motivo: a empresa Belo Sun Mining, sediada em Toronto, no Canadá, quer acelerar seus planos de explorar uma mina de ouro que pode afetar duas terras indígenas e comunidades de ribeirinhos que já vivem sob o impacto da construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará.
No último dia 9, a DPU (Defensoria Pública da União) recomendou à Funai que rejeite a possibilidade de qualquer reunião presencial durante a pandemia e que suspenda os efeitos de uma “informação técnica” que o órgão indigenista emitiu em 10 de fevereiro. O documento da Funai dá algumas orientações, mas não veta a iniciativa da mineradora.
Chega a sugerir o que a mineradora deve fazer “no caso de haver a confirmação ou a suspeita de algum caso de Covid-19 durante o evento” – “o caso detectado (participante) imediatamente [será] isolado do grupo e terá o devido encaminhamento articulado pelo profissional de saúde presente no local”.
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