Fundo Amazônia mira 14 projetos e ações emergenciais

Existem 56 projetos na fila para análise do BNDES, os quais somam mais de R$ 2 bilhões.
Ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Foto: Fabio Pozzebom.

Parado desde 2019, recursos do Fundo hoje totalizam pouco mais de R$ 3 bilhões. 

Congelado desde 2019, o Fundo Amazonia é retomado com o anúncio feito pela ministra Marina Silva (Meio Ambiente) e presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, de recursos para 14 projetos e ações para atender a “emergência” da situação vivida pelo povo Yanomami, em Roraima.

Os projetos em análise, que já estavam qualificados, terão prioridade.  O Fundo Amazonia conta com doações da Noruega e Alemanha, e seu gestor é o BNDES.

Segundo Marina, os 14 projetos já “qualificados” no processo de análise do BNDES pediam cerca de R$ 480 milhões, que chegam a R$ 600 milhões se atualizados pela inflação. “Ficou estabelecido que existem cerca de 14 projetos devidamente qualificados para serem aprovados. Com a paralisação (do Fundo Amazônia), eles ficaram no limbo. A decisão é de que se os tomadores tiverem interesse em continuar com esses projetos, eles voltarão a tramitar”, afirmou a ministra.

A ministra disse também que existe outra quantidade de pedidos ainda não qualificados, que poderão voltar a tramitar no processo de análise do BNDES. São no total 56 projetos que estão na fila de análise para receber apoio financeiro. Eles somam R$ 2,203 bilhões, mas os projetos foram todos apresentados até o fim de 2018, sendo possível que ocorra a necessidade de atualizar as solicitações.

A retomada do programa acontece após quatro anos em que mais de R$ 3 bilhões, o dinheiro hoje existente no Fundo, ficaram parados, sem utilização, em decorrência da condução errática do governo anterior, que fez acusações de aplicação suspeita dos recursos, e não aceitou a cooperação dos países europeus, alegando querer modificar critérios no programa.

Com informações de O Estado de São Paulo.