O ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas, dentre elas auxiliares diretos do então presidente, foram denunciados nesta terça-feira, 18, pelo procurador-geral da República Paulo Gonet no inquérito do golpe.
Paulo Gonet concluiu, após análise das provas da Policia Federal que permitiram o indiciamento do ex-presidente, que Bolsonaro não apenas tinha conhecimento do plano golpista como liderou articulações para um golpe de Estado.
“A organização tinha por líderes o próprio Presidente da República e o seu candidato a Vice-Presidente, general Braga Neto. Ambos aceitaram, estimularam, e realizaram atos tipificados na legislação penal de atentado contra o bem jurídico da existência e independência dos poderes e do Estado de Direito democrático”, diz trecho da denúncia, com mais de 270 páginas.
Estão denunciados o ex-chefe da Abin, delegado Alexandre Ramagem; ex-ministro a Marinha Almirante Almir Garnier; Mauro Cesar Cid, ex-ajudante de Ordens de Bolsonaro; Paulo Nogueira, ex-ministro do Exército e general Augusto Heleno entre outros.
Os crimes atribuídos a Bolsonaro e aliados são tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, deterioração de patrimônio tombado, golpe de estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e organização criminosa armada.
A defesa de Bolsonaro distribuiu nota à imprensa, na qual diz: “Nenhum elemento que conectasse minimamente o presidente à narrativa construída na denúncia foi encontrado.”
Abaixo a íntegra da denúncia: