Em nova denúncia que envolve a atuação da Funai, atual Fundação Nacional dos Povos Indígenas, no governo Jair Bolsonaro, o Estadão revela a compra superfaturada de pescoço de galinha, com o custo de R$ 260 o quilo. O mesmo item adquirido em outras compras de contratos diferentes do governo no mesmo período tem valor 24 menor, com preço médio de R$ 10,7. Em supermercados, o preço sai a R$ 5 ou R$ 7 o quilo.
O pescoço de frango teria sido comprado para indígenas da etnia Mura e funcionários da Funai numa missão em Manicoré, região do estado do Amazonas.
A coordenação da Funai no Rio de Madeira (AM) é responsável também pela “compra de mais de uma tonelada de charque, maminha, coxão duro, alcatra e latas de presunto que nunca foram distribuídas entre as famílias das aldeias na época da pandemia da covid-19,” diz o jornal.
Em uma série de reportagens, o Estadão revelou também que 19 toneladas de bistecas foram compradas para o Vale do Jamari (AM), nunca entregues, e em outra aquisição, com parecer técnico contrário por fazer mal à saúde dos indígenas, torraram R$ 4,4 milhões em sardinha e linguiça para o povo Yanomami.
Até agora, nenhum gestor da Funai ou mesmo representante político do Governo Bolsonaro se manifestou sobre a serie de denuncias do Estadão.
Todas as aquisições irregulares ocorreram quando todos os povos indígenas das etnias a ser contempladas com os alimentos passam por severo quadro de desnutrição.
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