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Governo do Brasil disponibiliza purificadores de água e medicamentos para Gaza

Ao todo, são 48 itens em cada kit, somando 267 quilos de materiais. Eles são preparados para atender a populações em situação de emergência em saúde pública.
Voo de KC-30 partiu nesta segunda, 16, com kits de medicamentos. Foto: Audiovisual/PR.

Informações da Presidência

Uma nova partida da aeronave KC-30 (Airbus A330 200), da Força Aérea Brasileira (FAB) rumo a Tel Aviv, em Israel, ocorreu na tarde desta segunda-feira, 16 de outubro. O objetivo central é repatriar brasileiros que estão na região do conflito.

O voo, porém, também cumpre a missão fundamental de levar assistência humanitária ao Oriente Médio, ao transportar 35 purificadores de água e dois kits de medicamentos e insumos de saúde, suficientes para atender até 3 mil pessoas ao longo de um mês.

Os equipamentos e medicamentos foram carregados no domingo, 15, no KC-30. O voo partiu às 17h23 (de Brasília) da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro.

Os itens serão descarregados em Roma, onde se somarão a outros 5 purificadores transportados pela aeronave VC-2 (Embraer 190) da Presidência da República, que está na capital italiana desde sexta-feira, 13. Em conjunto, os 40 purificadores têm capacidade de tratar mais de 220 mil litros por dia.

Tanto os purificadores quanto os kits com medicamentos e insumos de saúde serão desembarcados do KC-30, em Roma. De lá, seguirão para o Egito. O retorno do KC-30 está previsto para quarta-feira (18), decolando de Tel Aviv para o Brasil. O VC-2, por sua vez, aguarda autorização para seguir até o Egito.

Conforme informações do Ministério da Saúde (MS), cada kit de assistência humanitária é composto por medicamentos e insumos, como anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, além de luvas e seringas.

Ao todo, são 48 itens em cada kit, somando 267 quilos de materiais. Eles são preparados para atender a populações em situação de emergência em saúde pública.

Os hospitais em Gaza, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), enfrentam escassez aguda de suprimentos médicos.

Há interrupção do fornecimento de eletricidade e água à Faixa de Gaza e não são permitidas movimentações de alimentos, combustível, saúde e outros fornecimentos humanitários ou pacientes.

Para a OMS, os danos causados às infraestruturas de água e saneamento e a superlotação nos assentamentos humanos aumentam o risco de surtos de doenças.

Escassez de água

Cerca de 95% da população de Gaza não tem água potável disponível. Devido à extração excessiva do aquífero costeiro e à infiltração pela água do mar e esgotos, a água da torneira é salgada, poluída e imprópria para beber.

Segundo a OMS, uma pessoa precisa de no mínimo 100 litros por dia para beber, lavar, cozinhar e tomar banho — e, em situações emergenciais e de crises, precisa do mínimo de 7,5 a 15 litros por dia.

Em Gaza, o consumo médio é de cerca de 84 litros por pessoa. Desses, apenas 27 litros são considerados adequados para uso humano.