O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou a engenheira Magda Chambriard, especializada em Exploração e Produção de Petróleo, para assumir a presidência da Petrobras no lugar de Jean Paulo Prates, exonerado na terça-feira, 14.
O Conselho de Administração da empresa deve se manifestar tanto pela saída de Jean Prates quanto pela admissão de Magda Chambriard, ex-diretora geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), nomeada em 2012 pela presidente Dilma Rousseff.
À época, ela já era diretora da agência — havia sido indicada em 2008, ainda durante o mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
Ela ingressou na Petrobras em 1980, como estagiária, e ficou até 2001, entrando na ANP como assessora de diretoria, antes de vir a assumir esse posto. Em 2016 deixou a agência. Chambriard integrou a equipe de transição do atual governo.
Em maio de 2022, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro fazia a quarta troca na presidência da Petrobras em seu governo, ao indicar Paes de Andrade para o cargo, Magda Chambriard disse que a troca era “espantosa.”
“É espantoso sob qualquer ótica. Completamente espantoso. Mas só reforça uma impressão que vem de algum tempo. Isso aconteceu com [Joaquim] Silva e Luna e agora se repete com o atual presidente”, declarou em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo. Ela disse que Bolsonaro agia com fins políticos e eleitoreiros.
Na gestão de Bolsonaro, assumiram a presidência, pela ordem: Roberto Castelo Branco, general Joaquim Silva e Luna, José Mauro Coelho e Caio Mario Paes de Andrade.
É possível que o V governo do PT siga na mesma trajetória de troca-troca. O histórico da empresa, desde a redemocratização, é de substituição constante da presidência, com média de pouco mais de 1 ano no cargo. A exceção foi a permanência de Sergio Gabrielli a partir de 2005, ainda primeiro mandato de Luiz Inácio Lula, até 2012, somando um período de 7 anos.