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Governo quer debater transparência na política de preços da Petrobras

Governo monta grupo, mas não fala em modificar a atual política de preços, atrelada ao dólar, e que encarece o combustível ao consumidor.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Rovena Rosa.

O governo Lula3 monta um grupo de trabalho interministerial, composto pelos ministérios da Fazenda, Minas e Energia e Casa Civil, para articular ações com a meta de garantir transparência na política de preços da Petrobras, disse nesta terça-feira, 28, o ministro Fernando Haddad (Fazenda).

O que motiva a criação do grupo, segundo ele, é uma possível precificação dos preços da empresa acima da paridade internacional. O ministro descarta uma interferência política nos preços da estatal, que adota a política de Preço Paridade Internacional (PPI), cujos valores de produção no Brasil são em reais mas o produto final é atrelado ao dólar, encarecendo os preços dos combustíveis ao consumidor.

O presidente Lula da Silva nunca deu importância à PPI, somente vindo a ser pauta de campanha, timidamente, após o tema vir a público pela insistente cobrança por mudança na política atrelada ao dólar feita pelo candidato Ciro Gomes (PDT), que teve apenas 3% dos votos nas eleições presidenciais. Ciro denunciava, ainda, o valor alto dos lucros e dividendos pagos a acionistas da Petrobras, muito superiores à média mundial, que é de 7%. Por aqui, esse lucro chega a 38%.

“Nós vamos compor um grupo de trabalho com a participação do Ministério de Minas e Energia, Casa Civil e Fazenda, porque não estamos tendo sucesso, até aqui, em dar maior transparência à tomada de decisão da empresa em relação a esse tópico (política de preço). Há, por exemplo, estimativas de que o preço do gás está bastante acima do PPI. Nós vamos checar isso. Queremos dar transparência à política de preços da Petrobrás, “disse Haddad ao Globo