Ibama reforça número de brigadistas para ajudar governo no combate a incêndios

O El Niño está inibindo a formação de nunves de chuva, com previsão de prolongamento da seca.
Incêndio florestal na Amazônia. Foto: Ibama..

Comunicação Ibama

Diante da Situação de Emergência Ambiental decretada pelo Estado do Amazonas, o Ibama firmou acordo de cooperação com o governo do Amazonas, por meio do Secretário de Estado do Meio Ambiente (Sema), Eduardo Costa Taveira. Ficou acertada a participação do Ibama para compor a Sala de Crise do Estado. O Instituto acordou ainda o aumento no número de brigadas especialistas em fogo e a doação de equipamentos de combate a incêndios.

Atualmente, 140 brigadistas do Ibama e do ICMBio, divididos em sete brigadas de incêndio, atuam no combate às chamas que atingem, principalmente, o sul do estado e a região metropolitana de Manaus.

No período de 1º a 27 de setembro de 2023 ocorreram 6.597 focos de calor no Amazonas, segundo o Inpe, 18% a menos do que no mesmo período do ano anterior.

Apesar da queda no número de focos, o aumento da estiagem está sendo provocada pela influência do fenômeno climático El Niño.

Segundo levantamento realizado pela Defesa Civil do Amazonas, por meio do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), 15 municípios das calhas do Alto Solimões, Juruá e Médio Solimões estão em situação de emergência. Outros 40 estão em estado de alerta e cinco em atenção.

Ainda segundo a Defesa Civil do Estado, a previsão é que, devido o El Niño, que inibe a formação de nuvens de chuva, a estiagem deste ano seja prolongada e mais intensa se comparada a anos anteriores, podendo ultrapassar 50 o número de municípios afetados.

Neste ano, o Ibama aumentou em 18% o número de brigadistas em relação ao ano de 2022, com atuação de 2.101. Desses, 57% das brigadas são de indígenas e quilombolas. No Amazonas três brigadas de incêndio são compostas por indígenas, duas em Humaitá e outra em Apuí. Em Apuí, o número de brigadistas era de 15 em 2022, agora são 29.