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Imazon: Rondônia perdeu seis vezes mais floresta

É que em Rondônia a derrubada de mata passou de 4km² em março de 22 para 22km² em março de 23.
Redução da derrubada de floresta da Amazônia cai no bimestre. TV Brasil.

Os dados coletados pelo Imazon por cada Estado da Amazonia Legal, no levantamento do desmatamento do trimestre divulgado nesta quinta-feira, 20, aponta que Rondônia teve o segundo maior aumento na destruição embora não tenha sido o estado que mais desmatou. Nesse quesito, Rondônia ficou em 5º lugar.

É que a derrubada em Rondônia passou de 4 km² em março de 2022 para 22 km² em março de 2023, uma alta de 450%. Ou seja, quase seis vezes mais.

Em relação ao avanço da destruição nas unidades de conservação, o Estado apresenta destaque negativo, tendo quatro das dez com as maiores devastações registradas na Amazônia. Ocupando a terceira, a quarta e a quinta colocação estão a Resex Jaci Paraná (2 km²), a Resex Rio Preto-Jacundá (1 km²) e o PES de Guajará-Mirim (0,4 km²).

A última se trata de uma unidade de conservação de proteção integral e já passou por tentativa de redução do seu limite territorial em 2021. Em sétimo ficou a Resex Angelim (0,3 km²). Somados, esses quatro territórios perderam 370 campos de futebol de floresta em março.

Amazonas, o campeão

O Amazonas é o campeão no aumento do desmatamento. A devastação passou de 12 km² em março de 2022 para 104 km² em março de 2023, uma alta de 767%. Ou seja: quase nove vezes mais. Com isso, o estado também assumiu a liderança como o que mais desmatou na Amazônia no mês, concentrando 30% de toda a devastação na região. A região mais critica no Estado é a de municípios situados no que se chama Amacro (fronteira Amazonia, Acre e Rondônia). É do Amazonas o município que mais desmatou em março, Apuí, com 49km²

Pará, o segundo que mais desmatou

A alta de destruição da floresta no Pará passou de 33 km² em março de 2022 para 91 km² em março de 2023, um aumento de 176%, segundo o Imazon. Foi o segundo estado que mais desmatou na Amazonia. Os municípios com a situação mais crítica foram Altamira (31 km²), Moju (10 km²) e Novo Progresso (9 km²), que somaram 55% de toda a devastação ocorrida no Pará.

Maranhão, Acre e Tocantins

No Maranhão, o desmatamento passou de 4 km² em março de 2022 para 9 km² em março de 2023, uma alta de 125%. Já o Acre e o Tocantins, cuja derrubada da floresta não foi detectada  em março do ano passado, registraram neste ano destruições de 3 km² e de 1 km², respectivamente.