7,3% dos brasileiros já ficaram sem comida por um dia ou mais, segundo relatório da entidade
De 2019 a 2021, mais de 60 milhões de brasileiros tiveram acesso restrito à comida, número que representa alta de cerca de 10% do registrado nos anos de 2014 e 2016, quando 37,5 milhões enfrentaram algum tipo de insegurança alimentar. Os dados estão em relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta 4ª feira.
Os números até 2021 indicam que 15,4 milhões de brasileiros passavam por insegurança alimentar grave -7,3% da população total do país. É constatado um aumento de 5,4% em relação aos anos de 2014 e 2016. Para a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a insegurança alimentar moderada é quando as pessoas não têm certeza sobre a capacidade de conseguir comida e, em algum momento, tiveram de reduzir a qualidade e quantidade de alimentos.
Já a insegurança alimentar grave é quando as pessoas ficam sem comida e por um dia ou mais e passam fome.
O relatório da ONU aponta que está cada vez mais distante no mundo o objetivo de se acabar com a fome, insegurança alimentar e má nutrição. O compromisso dos paíess ricos, reafirmado pelo G7 – grupo dos mais ricos do mundo – em sua reunião ultima, em junho, seria eliminar esta realidade até 2030.
O número global de pessoas que passaram fome em 2021 é de 828 milhões.
Outras 2,3 bilhões de pessoas no mundo enfrentaram insegurança alimentar moderada ou severa no mesmo ano. Isso equivale a 29,3% da população mundial.
Em comparação com o período antes da pandemia de Covid-19, houve um aumento, verificando esses dados, de 350 milhões de pessoas em insegurança alimentar moderada ou severa.
Enfrentaram a insegurança alimentar em níveis severos aproximadamente 924 milhões de pessoas (11,7% da população global), um aumento de 207 milhões em 2 anos.