Em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está no Rio Grande do Sul com equipe de ministros, o governador Eduardo leite (PSDB) fez um balanço da situação das enchentes em 2/3 dos municípios gaúchos, e disse que o Estado precisará de um plano de reconstrução e a adoção de excepcionalidades nos aspectos fiscais e de burocracia para que isso aconteça.
“Não adianta nada o Sr. (Lula) enviar R$ 10 milhões, R$ 50 milhões ou R$ 100 milhões, se tivermos a mesma máquina pública, com a mesma restrição fiscal, não vamos conseguir dar respostas à emergência e agilidade que o momento requer. Temos teto de gasto, temos restrições, precisamos adotar a mesma excepcionalidade havida na pandemia da Covid,” disse, lembrando que o Rio Grande do Sul teve nove eventos climáticos em apenas um ano e administra um apertado orçamento em razão de dívida, o que é um impedimento para fazer novas despesas sem uma adequação legal.
O governador voltou a falar da necessidade de um “plano Marchall” para o Ri Grande do Sul, que até o momento registra 75 mortes, 110 hospitais foram atingidos pelas enchentes e muitos serviços de abastecimento de água e energia já estão paralisados.
O Marshall foi um plano capitaneado pelos Estados Unidos para ajudar na reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial.
Governos municipais, estadual e federal montaram uma espécie de força-tarefa para ajudar o Rio Grande do Sul. As Forças Armadas e demais entes federativos, como São Paulo e Goiás, estão enviando ajuda humana e material.
O governo do Estado se preocupa com a demora da ajuda financeira por causa da burocracia. Desde setembro do ano passado, segundo relatou a CNN, dos recursos prometidos para socorrer o Rio Grande do Sul um terço deles não chegou ao destino.
Na apresentação feita na reunião pelo Exército, a respeito das previsões meteorológicas, a informação é de que haverá uma brecha meteorológica maior até terça-feira próxima, com previsão de alguma chuva nesta segunda-feira, 6.