Líder do PDT na Câmara anuncia posição de independência do governo

A decisão de deixar a base e se orientar com os 17 deputados na Câmara por um comportamento independente teria ocorrido após reunião na casa de Heringer, com presença de Lupi.
Deputado Mário Heringer, líder do PDT na Câmara. Foto: Marina Ramos.

O PDT decidiu, nesta terça-feira, 6, se colocar em posição de independência do governo Lula quatro dias após a saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência em meio às investigações sobre fraudes milionárias no INSS.

O anúncio foi feito pelo líder do partido na Câmara dos Deputados, deputado Mário Heringer (MG), em coletiva na Liderança do PDT, e contradiz o que havia dito Lupi, de permanência do partido na base de apoio ao governo do PT.

A decisão de deixar a base e se orientar com os 17 deputados na Câmara por um comportamento independente teria ocorrido após reunião na casa de Heringer, com presença de Lupi.  Segundo o líder, a reunião teria sido dura, já que problemas de relacionamento com o governo vem de há muito tempo, por exemplo com o governo desautorizando Lupi a conceder juros baixos para consignados a aposentados.

Em entrevista à CNN, na semana passada, Henriger disse se Lupi deixasse o governo “nós queremos também sair desse compartimento político, porque esse compartimento político não trata com reciprocidade e fidelidade os seus.” Para o parlamentar, a demissão do ministro seria o mesmo que abandonar os aposentados, disse à emissora.

Segundo O Estadão, ao anunciar posição de independência o líder do PDT disse que seus deputados estão autorizados a assinar pedidos de Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as fraudes no INSS, desde que as investigações sejam ampliadas para 2019, para convocar ministros e secretários do governo anterior, com nomes citados no inquérito, “e indicação expressa para que a Polícia Federal faça uma apuração a partir de tal data.”