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Locação do Prontocordis para pacientes com a Covid-19 inclui profissionais e exames

O hospital está a disposição do governo, e enquanto não for necessário utilizar para atendimento de pacientes com a Covid-19 permanecerá sem uso. Foto: Italo Ricardo.
Secretario da Saúde Fernando Máximo. Foto: Italo Ricardo.

Hospital, com 50 leitos clínicos e UTI de alto padrão, foi um dos poucos que se interessaram pelo convite feito pela Sesau

Blog da Mara

A locação do hospital Prontocordis, em Porto Velho, por cerca de R$ 10 milhões pelo período de três meses, inclui toda a mão de obra do hospital, com cerca de 170 profissionais, exames especializados e clínicos, 50 leitos e uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com 12 leitos.

Segundo disse o secretário Fernando Máximo (Saúde) em coletiva com a imprensa na manhã desta quinta-feira, 23, o hospital foi o que apresentou o menor valor, e um dos poucos que atenderam convite da Secretaria de Estado da Saúde para apresentar proposta de locação.

“Nós optamos por ter o hospital inteiro, somente para pacientes com a Covid-19. Nós estamos acompanhando o que tem acontecido em outros lugares, e os que misturam esses casos com outros pacientes não tem dado certo, infelizmente acabam por contaminar outras pessoas”, disse Fernando Máximo.

O contrato será assinado em breve, e a locação do Prontocordis, disse Máximo, foi discutida com o Tribunal de Contas e Ministério Público. O secretário disse que a população deve fiscalizar as compras e contratação de serviços feitas pelo governo, e para isso pode acessar o portal Transparência.

“Você acessa Licitações e depois dispensa de licitação para Covid-19”, explicou, realçando que a contratação de um hospital com toda sua estrutura e profissionais foi debatida às claras com as instituições, demonstrando que ninguém tem interesse em fazer nada errado. Há uma preocupação com o futuro próximo, alguns estados não agiram assim”, disse.

Dentre os especialistas que o Estado poderá contar, caso necessário, estão nefrologista, nutrólogo, fisioterapeuta, oncologista, psicólogo e neurologista. Exames clínicos e exames especializados, hemodiálise também estão no pacote do contrato.

O hospital também entra com todos os insumos, medicamentos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

O governo abandonou a ideia de hospital de campanha. “Hospital de campanha é bom, mas daqui a pouco tem de ser destruído. Fizemos levantamento de valores, umas duas semanas atrás, e ficaria em R$ 22 milhões. Daqui a pouco se estraga, não é de parede, concreto, não tem médico, profissionais nenhum, não tem medicamentos, antibióticos”, disse o secretário.

O secretário Fernando Máximo disse que as decisões tomadas em fevereiro pelo governo estadual como a compra de EPIs e ventiladores mecânicos e a colaboração da população com a medida de isolamento foram essenciais para que Rondônia não chegasse a um estágio como o de Manaus, por exemplo.

“Em nenhuma estrutura hospitalar pertencente ao estado faltou EPI. Pode ter sido racionalizado, devido à situação atual, protocolo rígido, mas não faltou”, disse.

O Prontocordis está a disposição do governo estadual, e enquanto não for necessário utilizar para atendimento de pacientes com a Covid-19 ele permanecerá sem uso.

O secretário disse que o número de infectados está crescendo, por isso precisa prevenir. Hoje são 250 casos confirmados, 18 internados, destes alguns estão na UTI, longe da previsão superestimada de estudos da Universidade Federal de Rondonia, lembrado por Fernando Máximo na coletiva de imprensa, que para o dia de ontem, 22, apostava em 7.500 pessoas internadas e 50 mil infectados.

“Não quero criticar o estudo, mas isso é para ver como é difícil lidar com essa doença”, disse.