No Japão, no domingo, 21, o presidente Lula da Silva sinalizou que pode decidir a favor da Petrobras para a realização de um teste operacional com a finalidade de avaliar a potencialidade de exploração de petroleo no bloco 59 da chamada Margem Equatorial, na foz do Rio Amazonas. O Ibama, na semana passada, se posicionou contrário à concessão de licença para um teste pré-operacional da petroleira no sentido de avaliar a resposta de seu Plano de Emergencia para eventual vazamento no caso de futura exploração, e obter dado mais real sobre o potencial de barris de petroleo na bacia.
Lula declarou que, se riscos reais forem identificados, haverá veto à exploração. “Se extrair petróleo na Foz do Amazonas, que é a 530 quilômetros, em alto mar, se explorar esse petróleo tiver problema para a Amazônia, certamente não será explorado. Mas eu acho difícil, porque é a 530 quilômetros de distância da Amazônia, sabe?”, disse o presidente a jornalistas.
Em uma coletiva de imprensa, um pouco antes, Lula voltou a dizer que a Amazônia não deve ser transformada em um santuário. “Quem mora na Amazônia tem direito a ter os bens materiais que todo mundo tem”, avaliou. O presidente disse que ao voltar para o Brasil vai cuidar do assunto. A Petrobras atendeu o pedido do ministro Alexandre Silveira (MME) e vai deixar a sonda e outros equipamentos mobilizados para o teste na região até o dia 29. Depois, se não houver uma decisão favorável à pretensão da empresa, irá levar o material para o sudeste.