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Lula vai usar nosso dinheiro para emprestar a países de economia arrasada

A Argentina conta com US$ 689 milhões de financiamento do BNDES para concluir o 2º trecho de gasoduto no país.
Lula da Silva e Alberto Fernandez. Foto: Ricardo Stuckert.

Há o temor de que o BNDES novamente seja usado para ajudar países decadentes, sob o comando de ditadores, e o Brasil pague por emprestimos não quitados.

Preparem-se para trabalhar mais e pagar mais impostos. O presidente Lula da Silva anunciou, em Buenos Aires, durante encontro com empresários argentinos, que o BNDES vai voltar a financiar projetos de engenharia para ajudar empresas brasileiras no exterior e “países vizinhos a crescer”. É o que informa o jornal O Estado de São Paulo.

Em reunião anterior com o presidente da Argentina, Alberto Fernandez, Lula confirmou a decisão do banco estatal de desenvolvimento brasileiro financiar uma parte do gasoduto Néstor Kirchner. Ele não falou valores nem quando deve iniciar o processo. O chefe do Executivo classificou críticas ao apoio financeiro do Brasil ao empreendimento argentino como “pura ignorância”.

Segundo o site Poder360, mesmo antes de Lula confirmar a decisão do Brasil, o governo da Argentina já havia se antecipado em 2022, depois da eleição do petista, dizendo que receberia dinheiro estatal brasileiro para o gasoduto de Vaca Muerta.

A secretária de Energia da Argentina, Flavia Royón, anunciou em 12 de dezembro de 2022 que seu país já contava  com US$ 689 milhões de financiamento do BNDES para concluir a construção do 2º trecho da obra.

“O BNDES vai voltar a financiar as relações comerciais do Brasil e vai voltar a financiar projetos de engenharia para ajudar empresas brasileiras no exterior. E para ajudar que países vizinhos possam crescer e até vender resultado desse enriquecimento para países como Brasil”, afirmou o petista. “O Brasil parou de compartilhar a possibilidade de crescimento com outros países”.

Os governos petistas se envolveram em sérias acusações de corrupção ao usarem o BNDES, em passado recente, para financiar países comandados por ditadores, ou com economias não confiáveis, como é o caso da Argentina agora.

Em um dos casos, para o Zimbabue, na África, o BNDES concedeu  linha de crédito de US$ 98 milhões (cerca de R$ 215 milhões) do BNDES para o governo do ditador Robert Mugabe, na época estava há 33 anos no poder, era acusado de uma série de abusos, e a ajuda foi criticada por entidades ligadas aos direitos humanos.

Em 2019, o líder do Podemos, senador Álvaro Dias, disse em pronunciamento denunciar há anos “irregularidades nos contratos com nações amigas de governos anteriores, como Cuba, Venezuela, Angola, Moçambique, países da África do Sul, Equador, Bolívia, países muitas vezes com regimes autoritários, corruptos e autoritários, que esmagam o povo pela violência e pela pobreza. Fazem enriquecer os ditadores” Ele pediu para quebrar o sigilo de contratos de empréstimos feitos  com Cuba e Angola colocados nessa condição por decisão de Dilma Rousseff.

Os governos do PT fizeram empréstimos vultosos a Angola, Cuba e Venezuela, e estes dois últimos ainda não quitaram todo o empréstimo. Os governos Lula e Dilma fizeram empréstimos a pelo menos 15 países.  O jornal O Estado de São Paulo diz que faltam ser devolvidos ao país R$ 25 bilhões.

Boa parte de obras financiadas no exterior foram envolvidas em escândalos de corrupção. Tal qual faziam no Brasil, as empreiteiras brasileiras foram acusadas de pagar propina para vencer licitações de obras. Auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) apontaram sobrepreço em obras financiadas pelo BNDES, mas o banco de fomento alegou que não tinha como identificar problemas no acompanhamento dos projetos.