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Marcos Rogério na CCJ: o que está em jogo é um embate político

O senador disse também que até agora não viu nada nas mensagens que “comprometa a probidade processual” do trabalho de Moro. Foto: Agência Senado.
Senadores Marcos Rogério e Espiridião Amin na CCJ.

O senador Marcos Rogério (DEM-RO) disse na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal que o parlamento está diante de uma oportunidade de refletir sobre os “limites da relação” entre integrantes do sistema judiciário, declarando ser “algo comum, no Brasil inteiro”, a conversa entre as partes no decorrer de uma ação processual.

A manifestação foi feita nesta quarta-feira, 19, durante a exposição do ministro Sergio Moro sobre os vazamentos de conversas dele, quando juiz da força-tarefa da Lava Jato, e procuradores do Ministério Público Federal, divulgadas pelo site Intercept desde o dia 9 de junho.

O senador Marcos Rogerio disse também que até agora não viu nada nas mensagens que “comprometa a probidade processual”.

“Não queiramos nos enganar. O que está em jogo aqui é um embate político. E usar isso (vazamentos) para atacar a Lava Jato é um erro. Um erro político, um erro de análise.  E digo não ser aconselhável o parlamento entrar nesse jogo, ao argumento de violação ao decoro, sem evidencia alguma de prejuízo processual, de mácula processual, que se deve colocar criminosos na rua, pessoas que roubaram o Brasil, frustraram o sonho de milhões de brasileiros”, disse Marcos Rogério.

Ministro da Justiça Sérgio Moro. Foto: Agência Senado.

O senador disse que não cabe retrocesso no enfrentamento ao crime, e que a Lava Jato é maior do que seus integrantes.

Marcos Rogério também propôs reflexão sobre prova ilícita. “Eu sou contra prova ilícita, mesmo de boa fé. Então se estamos discutindo vazamento criminoso, o que estamos fazendo aqui? Usando desse instituto para fazer a inquirição ao ministro. Sequer deveríamos estar aqui, por incoerência”, disse, realçando o gesto de Sergio Moro de comparecer espontaneamente ao Senado.