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Marina se opõe à exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas

Confronto no governo: ministra do Meio Ambiente diz a ministro de Minas e Energia que projeto da Petrobras não interessa ao governo.
Marina Silva disse que é equivocado usar o termo flexibilizar para conceder licença. Foto: Reprodução.

Leio no Estadão desta quinta-feira, 11, que a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) é contra projeto de exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, de interesse da Petrobras. Por causa da posição da ministra, um confronto com o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) está instalado.

Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia. Foto:Roque de Sá.

O ministro anda cobrando do Ibama um parecer favorável ao pedido de licença ambiental feito pela Petrobras, mas um parecer técnico da instituição de meio ambiente recomendou o indeferimento e o arquivamento do processo. Segundo o Estadão, o parecer técnico do órgão diz haver “inconsistências identificadas sucessivamente” e “notória sensibilidade socioambiental da área de influência e da área sujeita ao risco”, destacando a necessidade de “avaliações mais amplas e aprofundadas”.

Esse impasse certamente será arbitrado pelo presidente Lula da Silva do mesmo jeito que ocorreu em 2008 quando na queda de braço a então ministra Dilma Rousseff venceu a batalha pela construção da hidrelétrica de Belo Monte.  Maria Silva já teria dito ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que o projeto é “altamente impactante.”

O minsitro Alexandre Silveira tem argumentado no Ibama que a exploração de petróleo na foz do Amazonas tem grande potencial de desenvolvimento econômico, sendo essencial para o futuro após o pré-sal. Para ele, vetar o projeto da Petrobras será uma grande derrocada para o Brasil, conforme o Estadão.

O Estadão teria apurado que em uma das reuniões com Prates, no dia 30 de março, a ministra do Meio Ambiente disse que o estudo não tinha viabilidade socioambiental, além de não estar alinhado com o programa de governo.

De acordo com o Ibama, a Petrobras não conseguiu provar que teria condições de agir a tempo para mitigar danos de um eventual acidente com vazamento de óleo. Há grande preocupação ambiental por causa dos ecossistemas da região