Após 21 anos do início do esquema de desvio de dinheiro publico na Assembleia Legislativa de Rondônia, o ex-presidente do Poder, deputado Maurão de Carvalho, foi preso na manhã desta quarta-feira, 11, pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de Rondônia.
Maurão de Carvalho chefiava esquema de desvio de dinheiro mediante a contratação de servidores fantasmas. O desvio de recursos via “folha paralela” começou em junho de 2004, e em 2006 a Polícia Federal deflagrou a Operação Dominó, um marco no combate à corrupção em Rondônia.
Havia também esquema de contratos fraudulentos, superfaturamento de obras e serviços, além de pagamentos por trabalhos não realizados, e o envolvimento de agentes públicos de outros poderes.
Dos 24 deputados, apenas Neri Firgolo, a época filiado ao PT, não estava envolvido. Devido à demora da Justiça, muitos se beneficiaram da prescrição de crimes.
Condenado em 2019 por peculato e lavagem de dinheiro, o ex-presidente da Assembleia Legislativa recorreu e a sentença foi anulada. Em 2024 o caso foi julgado novamente, com nova pena estabelecida.
O desvio, segundo o promotor de Justiça e coordenador do Gaeco, Anderson Batista de Oliveira, foi de mais de R$ 11 milhões dos cofres públicos entre junho de 2004 a junho de 2005. A pena do deputado é de 11 anos e 7 meses de reclusão e 501 dias-multa.