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Militares esperam deixar para trás pauta dos atos golpistas

Em reunião com Lula, na sexta, 20, militares querem agenda de projetos e investimentos para a Defesa.
General Júlio Arruda; almirante Marcos Olsen e brigadeiro Marcelo Damasceno, respectivamente comandantes do Exército, Marinha e Aeronautica.

No encontro com Lula, na sexta-feira, dia 20, comandantes das Forças Armadas querem superar tensão.

Não é a primeira reunião que os três comandantes das Forças Armadas nomeados por Lula da Silva para a Marinha, Aeronáutica e Exercito terão com o presidente da República mas o encontro marcado para sexta-feira, 20, tem a expectativa de ser uma inflexão na relação entre Lula e militares até agora experimentada.

Um dia após a invasão e depredação das sedes dos três Poderes, Lula teve encontro com os comandantes nomeados. Os militares pouco falaram, ouviram muitas queixas e reclamações sobre a atuação das Forças Armadas no episódio, e muito embora o ministro da Defesa José Múcio tenha feito pouco caso da intensidade dos atos premeditados, Lula da Silva não o demitiu.

Depois, os militares ficaram chateados porque Lula disse à imprensa que houve “conveniência de muita gente das Forças Armadas” na invasão – o que os fatos demonstram ser verdadeiro –  e que as Forças Armadas não são um poder Moderador.

As declarações e o mal-estar causado pela desconfiança de Lula nos militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), tradicionalmente encarregado de fazer a segurança pessoal do presidente e vice-presidente, entregando à Polícia Federal a tarefa de segurança, levam militares como o general Sérgio Etchegoyen a declarar que o fato “é uma profunda covardia” do presidente, que usa a “velha técnica de procurar culpados.”

Na reunião de sexta, o ministro José Múcio e os comandantes do Exército, marinha e Aeronáutica querem tentar virar a página dos atos golpistas, que desde o dia 8 de janeiro marca a relação com o presidente Lula.

José Múcio combinou antecipar agenda de mais adiante, centrada em projetos e investimentos demandados pelas Forças Armadas, como a retomada de contratos para fornecimento de novos equipamentos.