Moraes manda soltar Mauro Cid, detido novamente desde 22 de março

Revista Veja divulgou áudios de Cid em que ele reclama de coação de policiais federais e do próprio ministro do STF.
Tenente-coronel Mauro Cid. Foto: Alan Santos/PR.

O ministro Alexandre de Moraes, segundo a CNN, mandou soltar o ex-ajudante de Ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel mauro Cid, preso pela segunda vez no dia 22 de março após vazar áudios nos quais faz críticas à investigação da Polícia Federal e ao próprio ministro.

Mauro Cid responde a investigações conduzidas pela Polícia Federal a partir de decisões de Moraes, nas quais ele é acusado de participar da trama de tentativa de golpe de Estado, na falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19 e na venda de joias sauditas recebidas pela Presidência da República.

A defesa de Mauro Cid, ao peticionar pedindo sua liberdade,  argumentou que os áudios não causaram prejuízo à investigação e que não houve obstrução de justiça, e que o militar mantinha as informações prestadas na delação premiada.

Nos áudios vazados por meio da revista Veja, Mauro Cid diz que os policiais induziam seu depoimento para que dissesse o que eles gostariam e que o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito aberto em 2021, teria a “sentença dele pronta na cabeça,” ao reclamar da forma como o processo vem sendo conduzido.

Levado para o gabinete de Moraes para prestar esclarecimentos, Mauro Cid disse que fez desabafos, negou que a Polícia Federal tenha agido de forma incorreta e reafirmou tudo que disse na delação premiada.