O avião ideal de Lula foi tornado público há um ano, com exclusividade pelo Estadão, que informou ao distinto público o desejo do presidente que tem mais de 70 anos com “tesão de 20” de ter uma aeronave assemelhada com aviões que são utilizados pela família real saudita.
Luxo, sofás de couro para reuniões, ampla capacidade de passageiros e escritório privativo. O que Lula queria custava a bagatela de R$ 400 milhões, algo em torno de 80 mil dolares à epoca, com suite dotada de cama de casal e chuveiro, sala de reuniões, gabinete privado e cem poltronas semi leito.
A Aeronautica bateu cabeça para atender as exigencias do presidente, e enquanto isso novos detalhes da aeronave desejada iam sendo reveladas por outros veículos. No fim, com a repercussão amplamente negativa no X – a rede social onde a política é pauta 24 horas – o projeto foi engavetado.
Agora, com o susto dado pelo avião presidencial no México, possivelmente a compra ressurgirá, mesmo que o atual avião tenha apenas metade do seu tempo de vida útil em atividade.
Lula e seus acompanhantes passaram um sustão. Lauro Jardim, o colunista de O Globo, disse que tão logo a aeronave decolou no aeroporto do México o piso começou a trepidar, e ocupantes de assentos atras perceberam fumaça na turbina.
Segundo o colunista, um Lula absurdamente irritado e explodindo em palavrões disse que seria necessaria a compra de novos aviões. A irritação dobrou quando o piloto disse que seriam necessárias mais duas horas de rodopios no ar para que o avião, adquirido em seu primeiro mandato, pudesse descer.
Ao todo, teriam sido 50 voltas para gastar o combustível.
Jardim diz ainda que a aeronave teria ficado 90 dias em manutenção. A FAB divulgou uma nota lacônica, dizendo apenas que o Aerolula teve “um problema técnico.”
Com um perfil “bon-vivant,” nas palavras do amigão Emilio Odebrecht, Lula, é de se esperar, vai insistir na aquisição de aeronave que atenda não apenas de forma adequada o presidente de um país que viaja bem por aí, mas também um cidadão com espirito de marajá.
Um cidadão que no exercício da vida pública dispensa austeridade em gastos para os quais todos nós pagamos, inclusive os de ordem individual, o que inexiste nas modernas e civilizadas democracias.