A frota de ônibus escolares do município de Porto Velho ficará guardada na sede do 5º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) até o dia 31 de janeiro. Segundo anunciou o prefeito Léo Moraes (Podemos) no Instagram, o comandante Diógenes de Souza Gomes atendeu prontamente o pedido, e os veículos já começaram a ser deslocados para o local.
A medida foi adotada, disse o prefeito, após os ataques criminosos que resultaram no incêndio de 13 ônibus nos distritos de Jaci-Paraná (8) e União Bandeirantes(5), em Porto Velho. A intenção é resguardar o patrimônio até que a ordem segurança sejam restabelecidas.
No bairro Aeroclube, na capital, seis veículos de uma empresa particular foram destruídos com fogo. Criminosos de facção que toca o terror em Porto Velho desde segunda-feira também queimaram um carro de um morador, e investiram contra uma viatura da PM, sem sucesso. Foram incendiados em Rondônia 26 ônibus, a maioria na capital.
Novos ataques ocorreram na madrugada de quarta-feira, 14, mesmo com a presença da Força de Segurança Nacional.
Devido aos ataques criminosos, atribuídos a membros de facções criminosas nacionais que atuam no estado, a população enfrenta o segundo dia sem ônibus na capital de Rondônia. “O transporte coletivo está 100% parado em Porto Velho”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Estado de Rondônia (Sitetuperon), Francinei Oliveira, em entrevista à Agência Brasil.
“Havia a possibilidade de colocarmos metade da frota para rodar, porém, para nossa surpresa, ao chegarmos às garagens, por volta das 4 horas [desta quarta-feira], ficamos sabendo que uma outra garagem foi incendiada e que alguns motoristas do transporte coletivo foram ameaçados quando chegavam aos seus postos de trabalho”, contou Oliveira, avaliando que não há, por ora, condições de assegurar a segurança e a integridade física dos rodoviários e dos usuários do transporte público.