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Palácios e ministérios em Brasília blindados: governo vai cercar tudo

São 62 mil grades de proteção nos Palácios do Alvorada, Planalto e Ministérios, o equivalente a 124 quilômetros.
Palácio do Planalto foi depredado em 8 de janeiro. Foto: Marcelo Camargo/ABr.

Com medo de manifestações que de novo ultrapassem as condutas democráticas, o governo de Lula da Silva resolveu investir na instalação de 62 mil grades de proteção nos Palácios da Alvorada e do Planalto e Esplanada dos Ministérios, o que certamente vai tornar ainda mais feia a estética da capital federal, conhecida por sua beleza arquitetônica.

Mais feia porque vai ampliar a feiura do que já existe, providenciado pelo antecessor Jair Bolsonaro, tudo a bem da segurança do chefe do Executivo. O número de grades que serão colocadas por empresa a ser contratada é quase o dobro do que havia no primeiro ano de gestão de Bolsonaro, e 35% maior do que a quantidade de grades contratadas no ano passado.

As 62 mil grades somadas chegam a 124 quilômetros de extensão, o que, segundo revela O Estadão, é superior ao deslocamento de São Paulo a Santos, separadas por 85 km.

A ideia é do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Depois da casa arrombada, o setor que cuida da segurança dos prédios citados e cuidava da segurança presidencial – entregue à Polícia Federal, não se sabe até quando – diz, no edital aberto à contratação da empresa:

“Considerando os atuais acontecimentos na política do país e a intensificação da polarização de posicionamento partidário e a previsão de ocorrência de manifestações na área central de Brasília, o isolamento da área do Palácio do Planalto por meio da utilização de grades de proteção promove uma barreira física que facilita o controle de acesso às estruturas físicas da Presidência da República, evitando assim a aproximação de manifestantes, além de promover um isolamento adequado e eficiente.”

É de quase R$ 1 milhão o custo estimado da contratação, que envolve ainda um quilometro de estruturas para “barricada de contenção de público” e outros seis quilômetros de tapume para fechar áreas de segurança.

A proteção será feita também no Palácio Jaburu, onde mora o vice-presidente Geraldo Alckmin e sua família. É, tudo se encaminha para a dificuldade cada vez maior de realizar protestos em Brasília.