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“PEC Kamikaze”, que turbina benefício social, é aprovada em 2º turno

O governo alega estado de emergência para evitar sanção judicial; PEC se caracteriza como compra de votos.
Plenário da Câmara é onde ocorre a sessão conjunta. Foto: Elaine Menke.

Agência Câmara

Apenas 17 deputados rejeitaram a PEC Kamikaze.

A Câmara dos Deputados aprovou, em segundo turno, o texto-base da chamada “PEC Kamikaze” (15/22). O texto, às vesperas da eleição, permite ao governo gastar por fora do teto de gastos mais R$ 41,25 bilhões até  dezembro para turbinar benefícios sociais, conceder ajuda financeira a caminhoneiros e taxistas, ampliar a compra de alimentos para pessoas de baixa renda e diminuir tributos do etanol.

A matéria foi aprovada com 469 votos, 17 contrários.   Até as 19h30, os parlamentares analisavam dois destaques apresentados por partidos numa tentativa de mudar o texto.

Ano eleitoral
A fim de viabilizar os gastos em ano eleitoral (vedado pela legislação) e contornar exigências legais e da própria Constituição (teto de gastos – EC 95/16), a proposta institui um estado de emergência até 31 de dezembro de 2022. Todas essas medidas constavam da PEC 1/22, apensada.

A criação de benefícios destinados a pessoas físicas e a transferência voluntária de recursos a estados e municípios são proibidas nos três meses que antecedem as eleições. A única exceção é se isso ocorrer na vigência de calamidade pública ou de estado de emergência, conforme a Lei das Eleições.

Segundo o substitutivo do relator, deputado Danilo Forte (União-CE), permanece na proposta a garantia de diferencial de alíquota de tributos para tornar competitivos os biocombustíveis (biodiesel e etanol) em relação aos combustíveis fósseis.