O sequestro de mais de R$ 82 milhões autorizado pela justiça e a indisponibilidade de áreas griladas avaliadas em cerca de R$ 143 milhões foram ações desencadeadas pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 3, contra um grupo acusado de promover fraudes na regularização de terras públicas federais, esquema que teria iniciado em 2017.

Na Operação batizada de Declínio, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão. O esquema envolvia a abertura de matrículas em nome de interpostas pessoas, que posteriormente transferiam as propriedades para o grupo.

O grupo, não nominado pela Polícia Federal, contava com apoio de funcionários do Incra, o que permitia o cadastro irregular das áreas e a emissão de Certificados de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR).

Ele utilizava “laranjas” para fracionar de forma indevida glebas federais e falsificar títulos de propriedade em benefício próprio.

A investigação feia já identificou 11 lotes fraudados nas Glebas Baixo Candeias e Igarapé Três Casas, além das ocupações irregulares das Fazendas Ipê e Mustang. Os mandados de busca e apreensão ocorreram em Porto Velho, Guajará Mirim e Vilhena.

Segundo a Polícia Federal, os envolvidos podem responder por estelionato majorado, associação criminosa, falsidade ideológica, corrupção passiva, corrupção ativa, invasão de terra pública e lavagem de capitais.

A  investigação vai continuar para identificar outros participantes e recuperar áreas indevidamente apropriadas.