Pré-Seca: Evento debate condições climáticas das bacias hidrográficas e ações para reduzir impactos da estiagem   

As secas na Amazônia afetam o abastecimento de água e têm sérias consequências nas questões socioeconômicas.
Divulgação do evento que reunirá em Rondônia diversos especialistas. Reprodução/Censipam.

No dia 26 de junho, o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) realizará a edição de 2024 do “Pré-Seca” em Porto Velho, capital de Rondônia, evento que tem por objetivo debater as condições climáticas e hidrológicas atuais das principais bacias hidrográficas e traçar prognósticos para a seca de 2024.

O evento reunirá profissionais de diversas instituições governamentais e não governamentais do Brasil, e representantes das Defesas Civis Estaduais das nove unidades federativas da Amazônia Legal: Tocantins, Amapá, Roraima, Acre, Amazonas, Pará, Roraima e Mato Grosso.

O debate terá formato híbrido – presencial e pelo canal do Censipam no Youtube (youtube.com/censipam). Haverá mesas redondas e palestras técnicas durante todo o dia para engajar a comunidade cientifica e órgãos parceiros.

Além da Defesa Civil, o público alvo inclui órgãos e instituições das áreas de hidrologia e meteorologia, geração de energia, transporte fluvial e rodoviário, administração de portos e universidades e meio ambiente.

Segundo o Censipam, o monitoramento contínuo e eficiente das condições hidrometeorológicas desempenha um papel fundamental na gestão dos recursos hídricos na região amazônica. Este processo não apenas permite prever eventos extremos, como secas severas, mas também garante a segurança das populações em áreas vulneráveis.

As secas na Amazônia afetam o abastecimento de água e têm sérias consequências nas questões socioeconômicas, incluindo perdas na produção agropecuária, prejuízos na geração de energia elétrica, aumento da vulnerabilidade a incêndios, problemas de saúde e dificuldades na navegação.

Em 2023, no Amazonas particularmente, a seca atingiu praticamente a totalidade dos municípios, quando o Estado decretou calamidade pública. A população ribeirinha enfrentou o isolamento e dificuldade de acessar produtos essenciais.

Ainda no ano passado, especialistas em clima e hidrologia alertaram que com a persistência do fenômeno El Niño e da possibilidade do La Niña se estabelecer, a seca de 2024 poderá ser mais severa, necessitando de medidas urgentes para mitigar os impactos ambientais e socioeconômicos na Amazonia.

Conforme a programação prevista, a primeira mesa redonda, na parte da manhã, tem como tema “Cenário Hidrometeorológico da Amazônia: Impacto da Seca na cheia de 2023 e estiagem de 2024.”

A seguir inicia-se o ciclo de seis palestras, concluindo a programação com a segunda mesa redonda, prevista para iniciar as 16h, denominada “Impactos da estiagem de 2023 e ações previstas para antecipação e minimização dos impactos da estiagem em 2024.”

É onde entram os que atuam nas Defesas Civis dos estados amazônicos e representante da Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad).

Com informações do Censipam.