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Projeto que cria o Mover, para reduzir emissão de carbono, é enviado ao Congresso

A proposta prevê créditos financeiros para que empresas invistam em descarbonização.
Vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin. Foto: Divulgação/Fiesp.

O governo federal encaminhou esta semana ao Congresso Nacional o projeto de lei que institui o Programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover). A Medida Provisória que criou o programa, elaborada pelo Ministério do Desenvolvimento e da Indústria, continua vigorando até a aprovação da proposta, informa a Presidência da República.

Uma das metas do Programa Mover é a redução em 50% das emissões de carbono até 2030. O novo programa aumenta os requisitos obrigatórios de sustentabilidade para os veículos novos comercializados no país. Entre as novidades está a medição das emissões de carbono “do poço à roda”, ou seja, considerando todo o ciclo da fonte de energia utilizada.

A longo prazo, o Mover prevê uma medição ainda mais ampla, conhecida como “do berço ao túmulo” e abrangendo a pegada de carbono de todos os componentes e de todas as etapas de produção, uso e descarte do veículo.

“O Mover vai ajudar o Brasil a cumprir seus compromissos com a descarbonização do planeta e com o enfrentamento às mudanças climáticas. Está alinhado ao nosso projeto de neoindustrialização, inovador, sustentável e exportador, e a outras medidas importantes do governo na direção de uma economia mais verde,” afirma o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin.

O texto do PL é idêntico ao da MP. A proposta prevê créditos financeiros para que as empresas invistam em descarbonização e os incentivos serão de R$ 3,5 bilhões em 2024, R$ 3,8 bilhões em 2025, R$ 3,9 bilhões em 2026, R$ 4 bilhões em 2027 e R$ 4,1 bilhões em 2028 – totalizando R$ 19,3 bilhões. No Rota 2030, o incentivo médio anual, até 2022, foi de R$ 1,7 bilhão.

“Precisávamos enviar uma MP no final do ano passado para que não houvesse descontinuidade da política para o setor, que até então era regida pelo antigo Rota 2030”, explica o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

O diálogo com o Congresso avançou, segundo ele, para a oportunidade do envio de um projeto também de maneira que “caberá aos parlamentares decidirem qual a melhor forma de encaminhar a matéria”.