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Rocha vai recorrer de decisão judicial e anuncia hospital com 200 leitos

O secretário Máximo fez um novo apelo: “Não podemos aglomerar pessoas nas UPAs e postos de saúde, isso espalha o vírus". Foto Italo Ricardo.

O governo recebeu nesta terça-feira, 31, 16 mil mascaras N95 para os profissionais de saúde do Estado.

Blog da Mara 

O governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha, anunciou que irá recorrer da decisão judicial que determinou a suspensão de medidas que flexibilizaram o decreto que declarou estado de calamidade pública no estado, de 20 de março. A decisão, da juíza Inês Moreira da Costa, da 1ª Vara da Fazenda Púbica de Porto Velho, atendeu pedido do Ministério Público Estadual.

Rocha se manifestou em live transmitida em sua página no Facebook, da qual participaram também os secretários Fernando Máximo (Saúde) e Junior Gonçalves (Casa Civil).  “A justiça decidiu não abrir mais postos de trabalho. Vamos entrar com recurso para abrir, porque da forma que queremos manter estas atividades não é de qualquer maneira não. Nossos empresários cuidarão da saúde, lavando as mãos, observando a distância dos clientes, atendendo uma pessoa a cada 5 metros. A pessoa faz a aquisição do produto necessário, ou do serviço, e vai para casa”, disse.

O governador alterou o decreto de 20 de março incluindo entre atividades essenciais 7 outras áreas, entre elas o setor hoteleiro e hospedarias, lotéricas, serviços de engenharia e restaurantes à margem das rodovias. “Nós precisamos é evitar aglomerações, não ir para jogo de futebol, por exemplo”, acrescentou o governador.

Para atender os profissionais de saúde que estão à frente do atendimento de casos do novo coronavírus, o governo recebeu nesta terça-feira, 31, 16 mil mascaras N95, que segundo o governador Marcos Rocha diante da dificuldade da empresas fornecedora fazer o transporte o Corpo de Bombeiro enviou aeronave a Guarulhos para recolher o material.

Mas
Militar carrega caixas com mascaras de aeronave. Foto Italo Ricardo.

O governador e equipe anunciaram também a construção de um hospital de campanha de 200 leitos, processo em tratativa com o Tribunal de Contas.  “Uma equipe em Porto Velho estuda isso, e queremos fazer de forma clara, direta, com participação dos órgãos de controle. Estamos nos precavendo. Temos que fazer mesmo, estar preparados. Tomara que não venhamos precisar, mas temos de estar preparados”, disse o secretário Fernando Máximo.

Ele fez um balanço do número de leitos preparados pelo governo de Rondônia. São 19 leitos no Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), equipados com  ventiladores mecânicos e bombas de infusão entre outros aparelhos. No Cosme e Damião são 6 leitos e outros 18 na área de enfermaria, 17 no Hospital Regional de Cacoal e outros 2 no Heuro do município.

Máximo também reafirmou o número de casos da doença em Rondônia, no total de 8. Destes, um foi a óbito – motivo de desencontro de informações na segunda-feira – , um mora em São Paulo e seis estão internados, nenhum deles em estado grave.

O secretário fez um novo apelo: “Não podemos aglomerar pessoas nas UPAs e postos de saúde, isso espalha o vírus. Para quem estiver muito mal, com sintomas da Covid-19, liguem para 08006471010 para receber as orientações corretas, saber para onde ir, o que fazer,” disse.

O governador Marcos Rocha disse que em momentos de crise como este surgem casos pontuais de aproveitadores, tentando tirar algum proveito, “ganhar vontade política,” mas não é a realidade do que está acontecendo.

”O que você vai saber de verdade está nas lives do governador, do secretário da Saúde ou nas emissoras de televisão e rádio sérias, sites sérios também, mostrando de fato o que está acontecendo”, disse Rocha, pedindo para as pessoas não saírem de casa se estiverem gripadas e cuidar da higiene.

“Cuidem do asseio. Usem sabão em barra. Já ouvi dizer que lavar as mãos com sabão resolve. O vírus vai embora”, pediu o governador.

Marcos rocha disse também que ninguém estava preparado para isso, ninguém mesmo, em lugar nenhum. “Neste primeiro momento, foram 15 dias de isolamento, para ter o tempo de montarmos uma estrutura necessária para os pacientes com coronavírus. Queremos pensar nos dois aspectos, o econômico e o da saúde. A preocupação que tenho, como governador, é a possível falta de alimentação lá no futuro caso isso tudo demore; já pensou as famílias não terem alimentação?”