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Seca no rio Madeira: Empresa de RO pede à população para economizar água

Presidente da Caerd di z que empresa está operando com equipamentos de captação e bombeamento em condições extremamente desafiadoras.
Rio Madeira atingiu em Porto Velho a mais baixa cota em 56 anos de medição. em Foto Defesa Civil/ Porto Velho

Blog e informações Caerd

O presidente da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd), Cleverson Brancalhão, disse ser necessário, no momento crítico da estiagem no rio Madeira, que a “população faça uso responsável da água, evitando atividades supérfluas. Ainda enfrentaremos os meses de outubro e novembro, portanto economizar água é fundamental.”

O verão amazônico severo e a situação crítica do nível do rio Madeira levaram a empresa a adotar medidas excepcionais para garantir o fornecimento de água à população. Essas medidas foram intensificadas após a publicação da Resolução N° 164 da Agência Nacional de Águas (Ana) no Diário Oficial da União, declarando escassez quantitativa dos recursos hídricos no rio Madeira até 30 de novembro de 2023.

Após análises realizadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia – Inmet e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe, a cota do rio Madeira atingiu o menor nível registrado em 56 anos de monitoramento, agravado pelo fenômeno El Niño. Dados coletados de junho a setembro por instituições pluviométricas e centros de meteorologia estaduais na região Norte do país confirmam a situação alarmante e, por isso, a Ana baixou a resolução.

Devido a dificuldades de captação de água no rio Madeira, desde julho a Caerd tem implementado medidas preventivas, e agora as ações foram intensificadas com o fornecimento de água em dias alternados, tanto na capital como nos demais municípios assistidos pela empresa.

“Estamos operando nossos equipamentos de captação e bombeamento em condições extremamente desafiadoras, demandando esforços adicionais para manter o abastecimento. Em várias regiões do estado, a produção de água já reduziu significativamente, chegando a quedas de até 40% devido à estiagem”, destacou o diretor técnico operacional, Lauro Fernandes.

Para mitigar os efeitos da crise em Porto Velho, a empresa está utilizando caminhões-pipas para transportar água das estações de tratamento para áreas mais afetadas pela estiagem. Além disso, comunidades remotas abastecidas por poços tubulares profundos, que estão produzindo menos água devido à redução do lençol freático, também estão recebendo assistência por meio de carros-pipas.

“Em Porto Velho, priorizamos o fornecimento regular de água a entidades e instituições que prestam serviços essenciais, como unidades de saúde, escolas e órgãos públicos, para garantir seu funcionamento adequado, apesar das adversidades no abastecimento de água”, enfatizou Lauro Fernandes.

Para solicitar o serviço de fornecimento de água, os clientes da Caerd podem entrar em contato com o chatbot (69) 99962-9192.

Em bacias menores, situação também inspira cuidados

A situação não é diferente nos municípios atendidos pela empresa, nos quais a redução dos níveis dos rios que abastecem as principais regiões tem levado ao fornecimento de água em dias alternados.

“A captação nos rios Palmeiras, que abastece Espigão do Oeste; no rio Araras, que atende a comunidade de Cerejeiras; e no rio Urupá, que abastece Ji-Paraná, ocorre com grandes desafios. Contudo, a equipe operacional da Caerd está empenhada em garantir o abastecimento,” disse Brancalhão.

A vigência da declaração de situação crítica de escassez de recursos hídricos no rio Madeira poderá ser prorrogada, conforme análise técnica, se as condições críticas persistirem na bacia. A medida também poderá ser suspensa se ocorrerem condições hidrológicas mais favoráveis que elevem os níveis do rio Madeira.