Sem ter sido empossado, novo governo já dá as cartas em Brasilia

Nomes inidcados por Bolsonaro para embaixadas foram barrados por aliados de Lula em articulação no Senado.
Presidente Lula já acumula viagens a 12 países. Foto: Marcelo Camargo.
PT consegue barrar embaixadores indicados por Bolsonaro para Argentina, Itália e Vaticano.
Acordo foi costurado pela equipe de transição com presidente do Senado e chanceler; comissão analisa outras nomeações
Folha de São Paulo – 22.nov.2022 às 19h41
Thaísa Oliveira
BRASÍLIA
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, ajudou a derrubar nomes de Bolsonaro. Foto: Ag. Senado.

Aliados do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiram um acordo com a liderança do Senado para barrar indicações de Jair Bolsonaro (PL) às embaixadas brasileiras na Argentina, na Itália e no Vaticano. Os três são considerados postos-chave para a área de relações exteriores do futuro governo.

Os diplomatas apontados pelo atual presidente para esses postos nem entraram na pauta da CRE (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional) do Senado nesta terça-feira (22), quando o colegiado aprovou, em sabatina, os indicados para as representações na Tunísia, na Mauritânia, na Guiné Equatorial, no Sudão e na Jordânia.
O movimento contou com o apoio dos presidentes da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da CRE, Esperidião Amin (PP-SC). A avaliação é de que a definição de cargos estratégicos para o país não cabe mais a Bolsonaro, derrotado nas eleições, cuja gestão termina com a posse de Lula, em 1º de janeiro.