Terminou a semana e a última reunião para fechar um pacote de medidas de corte de gastos, nesta sexta-feira, 8, e nenhuma definição parece ter sido fechada para se atingir um consenso entre a equipe economica (Fazenda e Planejamento) e ministros das pastas alvo do furor fiscalista de Fernando Haddad, apoiado pelo mercado, entre eles Luiz Marinho (Trabalho), Carlos Lupi (Previdência) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social).
A resistência desses ministros e também da educação e saúde, que arriscam ver o presidente Luiz Inacio Lula da Silva aceitar a Fazenda a desobrigar gastos para estas áreas, de forma obrigatória no orçamento, com percentual estabelecido constitucionalmente, adia o anúncio das medidas, para as quais não há consenso, ao contrário do que chegou a dizer, com outras palavras, o ministro Haddad.
A reunião ministerial com o presidente Lula sobre o pacote terminou sem qualquer anúncio nesta sexta-feira, 8. E de acordo com o jornal O Estadão, ela foi finalizada pouco antes das 18h30, e o ministro da Fazenda teria ido para São Paulo.
Na mesa da negociação para conter gastos e equilibrar as despesas, hoje maiores do que as receitas, estão alteração no Beneficio de Prestação Continuada (BPC), aque atende pessoas vulneráveis, deficientes; na multa de 40% do FGTS; abono salarial; seguro-desemprego e revisão da política de reajuste do salário minimo. Tudo isso dito e redito por toda a semana pela imprensa, temperado pela indignação dos ministros Lupi e Marinho, que avisaram pedir demissão caso os direitos dos trabalhadores sejam afetados.
O Estadão informa que participaram da reunião nesta sexta-feira, 8, com o presidente Lula os seguintes ministros :
- Geraldo Alckmin, Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
- Rui Costa, ministro da Casa Civil
- Fernando Haddad, ministro da Fazenda
- Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego
- Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento
- Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social
- Camilo Santana, ministro da Educação
- Nísia Trindade, ministra da Saúde
- Esther Dweck, ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos
- Jorge Messias, Advogado-Geral da União.