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Senador Plínio reage à fala de Marina: “Serve a estrangeiros e diz que prejudicamos o clima”

Ministra do Meio Ambiente quer decretar estado de emergencia em quase 2 mil municípios; senador diz que Amazonia já vive estado de calamidade permanente.
Plinio disse que os brasileiros não são culpados por mudança do clima como acha a ministra, que não critica países industrializados. Foto: jefferson Rudy.

A defesa feita pela ministra Marina Silva (Meio Ambiente) em entrevista à CNN para que seja decretado estado de emergência climática em 1.942 municípios do Brasil “suscetíveis a eventos climáticos extremos” gerou reação por parte do senador Plínio Valério (PSDB-AM), crítico da atuação da pasta na Amazônia.

“A ministra Marina Silva soltou uma pérola agora sem tamanho. Ela deu uma entrevista dizendo que o Legislativo atrapalha os movimentos do MMA, defendendo a necessidade de decretar calamidade pública permanente em quase dois mil municípios do Brasil. E adivinhe onde estaria a maioria desses municípios? Na Amazonia, claro,” diz o senador em vídeo publicado na rede social X.

O senador Plínio, que presidiu a CPI das ONGs e sua atuação na Amazonia, disse que a ministra quer legislar no lugar do Congresso. “Ela pensa que está nos tapetes vermelhos lá de fora. Na prática, a Amazonia já vive em permanente estado de calamidade climática, a área mais protegida do mundo, que vive uma explosão de incêndios,” disse.

“Empoderada pelos governos internacionais, cheia de prêmio, tapete vermelho, pensa que está falando para eles lá fora. Não está não. A ministra tem de entender que está falando no Brasil e que existem senadores na Amazônia que conhecem a Amazonia tanto quanto ela, com a vantagem de termos ficado aqui sofrendo as dores de quem está sendo espoliado, “ disse.

Para o senador, Marina Silva se “aproveita da catástrofe causada por mudança climática no Rio Grande do Sul, defendendo que nós, brasileiros, é que estamos prejudicando o clima. Ela não cobra da Europa. Essas mudanças climáticas ainda são consequências da Revolução Industrial, lá fora, deles, os países industrializados, e de lá para cá não cederam um milímetro sequer, seguem poluindo, poluindo e terceirizando o remorso deles para nós brasileiros através do dinheiro para ONGS e, pior, decretando a penitência.”

Plinio Valério tem feito manifestações recorrentes de que os piores indicadores sociais da Amazonia são resultado da inação da ação governamental, conivente com ação orquestrada pelos países ricos e ONGS ambientalistas para manter a região sem investimentos para que pudesse se desenvolver e mudar a realidade local da população, cerca de 30 milhões de pessoas.

“Decretar a calamidade é aceitar que nós somos bandidos, não somos bandidos, você não é bandido, ninguém aqui é vilão, não temos que aceitar o remorso deles e nem a penitência. É bom que a ministra entenda: ela está falando besteira. Vamos marcar de perto a ministra para que ela não consiga o que está se propondo a fazer. Essa ideia é servir aos governos estrangeiros,” declarou.