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Será que vota mesmo? PEC que limita decisões monocráticas no STF em pauta no Senado

Ministros do STF extrapolam decisões individuais impedindo nomeação de ministro, execução de obra de interesse nacional, cancelando lei votada na Câmara etc.
Senador Oriovisto Guimarães, autor da PEC que limita decisão índividual na justiça superior. Foto: Marcos Oliveira.

Blog e Agência Senado

O Plenário pode votar nesta terça-feira, 21, a proposta de emenda à Constituição (PEC 8/2021), que limita as decisões monocráticas e os pedidos de vista nos tribunais. A sessão, marcada para as 14h, tem outros três itens na pauta.

Antes da votação, a PEC 8/2021 passa pela quinta e última sessão de discussão no Plenário. Proposta pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), a matéria recebeu parecer favorável do senador Esperidião Amin (PP-SC).

O texto veda a concessão de decisão monocrática que suspenda a eficácia de lei ou ato normativo com efeito geral ou que suspenda ato dos presidentes da República, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do Congresso Nacional.

Decisão monocrática é aquela proferida por apenas um magistrado — em contraposição à decisão colegiada, tomada por um conjunto de magistrados.

A PEC 8/2021 autoriza decisões monocráticas em situações de grave urgência ou risco de dano irreparável durante o recesso do Judiciário. Mas o tribunal deve julgar o caso em até 30 dias após a retomada dos trabalhos, sob pena de perda da eficácia.

Hoje, pela normal legal, as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) so podem ter posição monocrática durante recesso da corte superior, mas isso está ocorrendo nos dias normais de atividade judiciária. O certo seria sua apreciação pelo conjunto do Pleno.

Ministros estão extrapolando decisões individuais, decidindo sozinho, e sem que o Pleno avalie a decisão pelos 11 ministros, por exemplo sobre quem pode ou não ser ministro; o que pode ou não ser privatizado; suspendendo lei aprovada pela Câmara; interrompedndo execução de obra de interesse nacional etc.

O Senado pode votar ainda o projeto de lei (PL) 3.626/2023, que regulamenta as apostas esportivas de quota fixa, conhecidas como bets. Mas, antes de ir a Plenário, a matéria precisa ser aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que se reúne às 10h desta terça-feira.

O texto, da Presidência da República, recebeu parecer favorável do senador Romário (PL-RJ). De acordo com a proposta, a loteria de quota fixa é um sistema de apostas que inclui eventos virtuais de jogos on-line e eventos reais de temática esportiva, como jogos de futebol e vôlei. Nessa modalidade, o apostador ganha caso acerte alguma condição do jogo ou o resultado final da partida.