A turma identitária do Supremo Tribunal Federal (STF) formou na sexta-feira,18, maioria de votos para impedir que sejam realizadas vistorias intimas nos presídios do Brasil. A entrada de drogas, armas e celulares é facilitada muitas vezes, registra o sistema prisional, durante a rotina de visitas de familiares aos detentos. Sem a vistoria intima, a entrada desses produtos pode ser ampliada.
O julgamento foi suspenso por pedido de destaque feito pelo ministro Alexandre de Moraes, que junto com Nunes Marques, Dias Toffoli e André Mendonça se manifestou pela permissão das vistorias intimas desde que não sejam vexatórias.
Não foi o caso, segundo registra o site Poder360, dos votos de ministros que tem inclinação identitária, com exceção de Gilmar Mendes, que votaram pela PROIBIÇÃO das vistorias intimas: além de Mendes, são Edson Fachin (relator), Roberto Barroso, Rosa Weber e Cármen Lúcia.
O ministro Cristiano Zanin votou também pela proibição da vistoria intima, mas com ressalvas. Este julgamento é virtual, mas será retomado no plenário da Corte quando Moraes devolver o destaque.
Se o governo e a Corte não fossem lenientes e cúmplices da bandidagem que corre solta no país – bastam ver decsiões que liberam as drogas e os traficantes por mero erro processual – esse julgamento nem existiria. Iniciado em 2016, se não fosse surreal não teria tanta demora no desfecho, uma questão que já teve diversos pedidos de vista.