Taxar LCA encarece crédito e desincentiva a produção rural, diz FPA

O setor imobiliário também já reagiu à taxação da LCI, que ajuda a fomentar o setor.
Deputado Pedro Lupion, presidente da FPA. Foto: Pablo Valadares.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR) disse na rede social X que a taxação das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) em 5% conforme acertou o governo Lula com o Congresso Nacional “encarece o crédito e desincentiva a produção rural.”

Para substituir  a arrecadação que o governo teria com o aumento no IOF, o ministro Fernando Haddad em reunião no domingo, 8, em Brasília, com Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados e Davi Alcolumbre, presidente do Senado, acertou como uma das soluções extinguir a isenção com essas linhas de rendimento financeiro, uma medida usada para incentivar o setor imobiliário e a agropecuária.

“O governo tenta resolver um problema (IOF), com mais aumento de tributação. E não se falou em corte de gastos,” disse o deputado.

“Ajustar as contas requer mais do que nova tributação: exige enfrentar a despesa pública e escolher prioridades de maneira transparente, sob pena de se repetir o ciclo de aumentos tributários com baixo resultado fiscal e alto custo econômico,” declarou Lupion. Segundo ele, a FPA “simplesmente não vai aceitar essa medida.”

Ela também foi criticada pelo setor imobiliário. “É importante reforçar que a LCI não deve ser analisada unicamente sob a ótica do investimento financeiro. Alterações que aumentem seu custo, como o eventual fim da isenção de Imposto de Renda, resultam na elevação do custo da moradia e podem comprometer o acesso à casa própria”, informou a Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP).