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Tudo muito conveniente na leniência e inércia dos poderes

Participação do governo federal é obscura no episodio de vandalismo nos 3 poderes; não so Ibaneis precisa dar explicação.
O presidente Lula da Silva já embarcou para a India. Foto: José Cruz.

Não é só Ibaneis Rocha quem deve explicação sobre os atos de terror em Brasília; violência dos bolsonaristas sempre foi subestimada pelo lulopetismo.

José Múcio (Defesa) e Flávio Dino (Justiça) devem muita explicação. Lula da Silva também: não peita conflitos, só faz conciliação escandalosa para não arranhar popularidade. Ele queria o acampamento vazio. E por que isso não aconteceu?

No space de ontem a noite no twitter, varando a madrugada com abordagem sobre os atos de terror em Brasília com pessoas de opiniões divergentes sobre política mas equilibradas e em sua maioria de centro, disse que os três poderes, especialmente o governo federal, subestimou  a força política dos bolsonaristas, a ação de uma extrema direita que havia dado todos os sinais de que não pararia na tentativa de explodir bomba no Distrito Federal e incendiar veículos no dia 12, dia da diplomação de Lula da Silva.

A imprensa confirma tudo: há dias os bolsonaristas extremados anunciaram a preparação, a organização e o dia da Festa da Selma, uma das estratégias usadas para reunir o grupo no miolo do poder. Faziam chamamentos pelo Telegram e Whatsapp sem esconder nada.

A Inteligência do governo federal e a verborragia do ministro Flavio Dino de nada serviram. Nenhum dos 3 poderes atuaram para impedir o quebra-quebra, o atentado a democracia, e agora jogam a culpa toda no governo do Distrito Federal e sua segurança pública, obviamente com atuação constitucional principal no sentido de deter os extremados antes que entrassem nos prédios dos poderes.

A situação, entretanto, pedia rigor e controle absoluto, e o presidente Lula havia dito antes mesmo da posse que desejaria que o acampamento no Exército fosse plenamente desocupado. Na transição e em uma semana de governo teria dado tempo para fazer isso e mais: fazer a desbolsonarização urgente nas forças de segurança federais, dentro das Forças Armadas, no GSI, na segurança do Palacio, onde fosse preciso emergência, porque havia claros indicativos de um estopim dessa proporção, um capitólio tropical.

Não fizeram. Por quê? Façam a pergunta, jornalistas.