ONG critica nomeação de ministro de Lula condenado a 6 anos de prisão

A ONG Transparência Internacional disse em nota que a nomeação de Góes acende alerta no governo.
Góes foi nomeado ministro da Integração Nacional. Foto: Reprodução/Youtube.

A nomeação do ex-governador do Amapá Waldez Góes como ministro da Integração Nacional foi criticada pela ONG Transparência Internacional. Em nota, a entidade disse que Góes, filiado ao PDT mas que foi indicado pelo União Brasil, para onde irá migrar, destoa dos bons quadros e “acende alerta” no executivo federal.

Waldez Góes tem uma condenação de 6 anos de prisão por desvio de recurso público pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), e sua nomeação se deve à indicação do senador David Alcolumbre (União Brasil-AP).

“Góes, indicado por Davi Alcolumbre, cuidará da CODEVASF, a estatal loteada pelo Centrão que virou foco de corrupção do Governo Bolsonaro como um dos principais braços executivos do Orçamento Secreto. A nomeação de um ministro condenado à prisão destoa desses bons quadros e acende todos os alertas”, diz a entidade em nota.

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) tem sido uma máquina de corrupção eleitoreira, tratando as populações desassistidas do Brasil no nordeste como feudo eleitoral. “A sociedade e as instituições deem impedir que um ministério fundamental para o desenvolvimento de regiões menos assistidas continue sendo usado como maquina de corrupção,” diz a ONG.

A estatal está envolvida nos escândalos de parlamentares do centrão que se utilizaram de recursos do orçamento secreto na gestão de Jair Bolsonaro para se beneficiar de desvios de recursos ocorridos em municípios do Nordeste.