Um pedido de apoio logístico do Conselho Indígena de Roraima (CIR) feito em dezembro ao Ministério da Defesa para levar alimentos à Terra Indígena Ianomâmi foi ignorado. A solicitação, segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo, foi feita mediante ofício após denúncia de subnutrição, cujas principais vítimas são crianças e idosos.
O quadro apresentado pelo CIR afirmava que a situação requeria urgência, e citava a necessidade de ajuda para transportar cerca de 4 mil cestas básicas fornecidas pela Fundação Nacional do Índio, Funai.
Em nova manifestação, o CIR cobra a investigação dos responsáveis e aponta que o “governo Bolsonaro praticou o crime de genocídio contra os povos indígenas ianomâmi”. Estima-se que cerca de 570 crianças morreram nos quatro anos de sua gestão.
Segundo o CIR, a entidade não consegue mais precisar quantas crianças foram mortas e quantas mulheres foram vítimas de violência. Denuncia ainda que o rio Uraricoera, fonte de caça e pesca na região, tornou-se um “verdadeiro cemitério de corpos”.