Com apoio do Ibama e do Ministério Público Federal, a Polícia Federal deu continuidade à segunda fase da operação Uru Praesidium, em Rondônia, nos dias 29 e 30 de maio, para retirada de invasores e apreensão de maquinários na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau.
A área tem uma extensão de 1.867.117 hectares e foi homologada pelo governo Collor em 1991, encontrando-se sobreposta ao Parque Nacional de Pacaás Novos, criado em 1979. O objetivo da operação é combater garimpo ilegal na TI e crimes contra a fauna e flora.
Na ação, com 50 policiais, foi feita a apreensão e destruição de escavadeiras, maquinários e motores utilizados para a extração ilegal de ouro. O prejuízo causado aos criminosos é estimado em R$ 2 milhões.
Os órgãos envolvidos vem realizando, segundo o Ibama, um trabalho de inteligência e de ações preparatórias para a operação desde o início do ano. Os policiais estiveram nos principais pontos de alertas de desmatamento existentes ao sul da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau.
Os criminosos poderão responder pelos crimes de furto, receptação e associação criminosa, além de delitos previstos na Lei de Crimes Ambientais (transporte ilegal de madeiras e destruição de floresta nativa) e usurpação de patrimônio da União (garimpo de ouro). As penas podem ultrapassar 15 anos de prisão, além da imposição de medidas patrimoniais para reparação dos danos ambientais causados.
A Polícia Federal contou com o apoio do Comando de Aviação Operacional da Polícia Federal (CAOP), uma unidade especializada que dispõe de recursos aéreos de alta tecnologia. A utilização dessa estrutura permite um monitoramento mais eficiente e uma pronta resposta às atividades ilegais identificadas na região.
A primeira edição da Operação Uru Praesidium aconteceu nos dias 14, 15 e 16/05, gerando prejuízo avaliado em R$ 4 milhões.