Os rios Negro, Solimões e Amazonas devem enfrentar uma cheia menos intensa neste ano, uma vez que a previsão é de ocorrência de menos volume de chuvas e continuidade de uma seca severa constatada em 2023. É o que indicam as informações anunciadas no 1º Alerta de Cheias do Amazonas, realizado nesta terça-feira, 2, pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB).
As previsões são feitas com antecedência de 75 dias para o pico da cheia, e contemplam os municípios de Manaus, Manacapuru, Itacoatiara e Parintins, onde vivem mais de 2,3 milhões de pessoas. O propósito do evento, que ocorreu na Superintendência de Manaus (Sureg-MA), é possibilitar o planejamento de ações, para prevenção.
Antecipar previsões é um suporte para que estados e municípios da região planejam politicas que possam salvaguardar a população, sobretudo pessoas que vivem às margens dos rios.
“Para este ano, esperamos que as cotas máximas dos rios do Amazonas fiquem muito próximas às médias históricas em Manaus e Manacapuru. Em Itacoatiara e Parintins, as projeções indicam níveis abaixo do esperado para época e sem ultrapassar a cota de inundação”, explicou a pesquisadora em geociências do SGB Jussara Cury.
Segundo Jussara, a cheia de 2024 no Amazonas não será de grande magnitude. A previsão dos especialistas do SGB tem 80% de confiabilidade.
“O último ano foi de seca severa na região da Amazônia, com grandes prejuízos para a navegação, para o setor produtivo e também para a biota aquática”, disse a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB, Alice Castilho, ao apresentar as estimativas.
Esse primeiro evento (alerta) integra o Sistema de Alerta Hidrológico do Amazonas, realizado desde 1989 pelo SGB.
A pesquisadora de Geociências do SGB Jussara Cury acredita que em 2024 a cheia não será de grande magnitude, com o pico ocorrendo em junho. Para Manaus, a previsão é que o Rio Negro atinja nível de aproximadamente 27,21 metros (m), com a máxima de 28,01m.