Extinção de fundos alimentará a dívida pública se o Senado deixar

A dívida pública é só mais um crime contra a população – engorda-se o cofre de banqueiros, arrivistas, financistas e toda sorte de parasitas.
Plenário do Senado Federal. Foto: Agência Senado.

É preciso aguda atenção para o que tramita no Senado Federal.  Como parte do pacote do ministro Paulo Guedes (Economia), com a meta de enxugar o Estado e deixar o governo com mãos desatadas na hora de gastar o dinheiro do contribuinte, uma Proposta de Emenda à Constituição prevê a extinção de 248 fundos obrigatórios, usados para o financiamento de compra de café para produtores até manutenção de penitenciárias.

Dívida: no orçamento, o maior gasto federal, um peso para a população.

São fundos que arrecadam recursos para finalidades carimbadas, não podem ser usados em outra coisa, e nos cálculos do governo federal neles estão “parados”  R$ 219 bilhões,

E o que o ministro Paulo Guedes, se o Senado Federal deixar, quer fazer com a dinheirama? Usar na amortização da dívida pública da União (veja gráfico).

Há sinais de mudança no projeto por parte dos senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde a PEC está em debate. Eles pretendem reduzir a tesoura do governo na quantidade dos fundos e, mais importante, dizer onde o dinheiro dos que forem extintos será aplicado.

Na dívida pública, é só mais um crime contra a população – engorda-se o cofre de banqueiros, arrivistas, financistas e toda sorte de verdadeiros parasitas.

O relator, senador Otto Alencar (PSD-BA), apresentou versão do seu parecer, nesta quarta-feira.

Ele preserva a existência dos fundos destinados ao financiamento de exportações, do agronegócio e de investimentos em infraestrutura.  Alvissaras.  No item derradeiro, estimo que assegurem dinheiro, e põe dinheiro nisso, para saneamento.

E quem sabe possam enviar alguém para dar  aulas por aqui sobre como conseguir executar projetos para sanear a merda de mais de 500 mil almas da capital rondoniense.