Prazo para entrega da declaração de IR é adiado para até 30 de junho

O secretário da Receita anunciou que o governo vai zerar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras que incide sobre operações de crédito por 90 dias. Foto: Marcelo Camargo.
Superintendência da Receita Federal, em Brasília.

Prazo final seria no dia 30 de abril.

Blog da Mara

O secretário da Receita Federal, José Tostes, anunciou nesta quarta-feira, 1, o adiamento do prazo final da entrega da declaração   do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2020, de 30 de abril para 30 de junho, devido à pandemia da Covid-19.

É um prorrogação de dois meses no prazo de entrega das pessoas físicas. Tostes anunciou ainda que o governo vai zerar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide sobre operações de crédito por 90 dias e o adiamento do pagamento de tributos federais para empresas.

Entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e os próprios auditores fiscais haviam pedido a prorrogação do prazo de entrega do IR.

De acordo com o secretário, 27% dos contribuintes já entregaram a declaração. “Contribuintes relatam dificuldades de acesso a documentos necessários para declaração do IR, por isso tomamos essa decisão”, completou o secretário.

Segundo Tostes, a desoneração do IOF  foi adotada para baratear as linhas de financiamento que estão sendo abertas para reduzir o impacto econômico da pandemia. Ao governo, a medida custará R$ 7 bilhões.

Os pagamentos das contribuições para o PIS/Pasep e a Cofins e da contribuição patronal devidos entre abril e maio foram adiados também.  As empresas poderão fazer o recolhimento entre agosto e outubro. “São R$ 80 bilhões que estarão disponíveis nos caixas das empresas”, completou o secretário.