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“A diretriz é clara: militar nos quartéis e médicos na saúde,” diz Renan

Calheiros prometeu a "sacralização da verdade" e disse que investigação será árida e acidentada.
Senador Calheiros prometeu falar a verdade. Foto: Reprodução.

Renan Calheiros disse que a comissão será a “celebração da vida, do conhecimento e sobretudo da sacralização da verdade, contra o macabro, contra a morte e contra o ódio.”

Blog da Mara

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), confirmado relator da CPI da Covid, ao falar após a eleição do presidente e vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito reafirmou que na relatoria da comissão irá fazer um trabalho isento, destemido e desapaixonado. “Me pautarei pela isenção e imparcialidade que se impõe, independentemente de minhas valorações pessoais. A relatoria será técnica e despolitizada”, disse.

Calheiros disse não ter dúvidas de que a investigação dos atos do governo federal e repasses de recursos para estados será  “árida e acidentada”, mas “vitoriosa”, fazendo inicialmente uma referência ao Supremo Tribunal Federal (STF) que “não tem faltado à defesa da nossa Constituição brasileira, terrivelmente democrática.”

O senador disse ser impossível esquecer os meses fúnebres da pandemia da Covid-19. “E abril, então, com uma morte a cada 20 segundos, os números superlativos merecem reflexão”, afirmou, pedindo dos membros da CPI 20 segundos de silêncio em homenagem aos que morreram, os que perderam parentes e os que “lamentavelmente ficaram sequelados.”

Renan Calheiros disse que as gestões do Ministério da Saúde podem “ser apuradas e investigadas”, mas ainda não são o caso, guardando para a gestão do general Eduardo Pazuello maiores considerações, realçando, no entanto, que não será o Exército brasileiro que estará sob análise.

“É uma instituição permanente do Estado, cuja memória remente para os soldados que foram para a Itália, com baixa de 457 soldados da Força Expedicionária Brasileira, números que demonstram boa liderança, senão haveria muito mais mortes. O enfrentamento da pandemia foi entregue a um não especialista, e o resultado fala por si só. Teve momento em que apenas em quatro horas o número de brasileiros mortos foi igual ao de brasileiros que tomaram na segunda guerra mundial. Já pensaram se mandássemos um epidemiologista para uma guerra? Seria um morticínio,” disse Renan.

O senador prosseguiu: “A diretriz é clara, militares nos quartéis e médico na saúde; portanto, temos de explicar poque isso ocorreu (nomeação de Pazuello), para averiguar fatos e desprezar farsas.”

A relatoria, segundo ele, irá contar com suporte de organismos como a Polícia Federal, Tribunal de Contas da União (TCU), consultoria do Senado e outros que se fizerem necessários.

Renan Calheiros disse que a comissão será a “celebração da vida, do conhecimento e sobretudo da sacralização da verdade, contra o macabro, contra a morte e contra o ódio.”